Companhia foi vencedora do Prêmio Myriam Muniz de circulação pela Funarte

Inicia no dia 14 de julho a caravana de circulação do espetáculo Hotel Fuck: num dia quente a maionese pode te matar, da Santa Estação Cia de Teatro, em Curitiba, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto foi contemplado com o Prêmio Myriam Muniz de circulação da Funarte.

Segundo a diretora do grupo, Jezebel de Carli, a escolha das cidades foi marcada pela busca de referências que se identificam com a temática do espetáculo: “As cidades de Curitiba, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, tão distintas entre si, também são o ponto de interesse desta escolha, uma vez que o universo abordado pelo trabalho se passa em submundos, guetos, difusos e incorporados no desenho de centros urbanos. E é aí onde elas se parecem, cada uma com suas particularidades em cenário e personagens, mas com os mesmos medos e sombras”, afirma.

A montagem estreou em Porto Alegre, sede da companhia, em outubro de 2010. A caravana contempla 10 apresentações gratuitas, além de uma Oficina de Dramaturgia com Diones Camargo, dramaturgo do espetáculo, em Curitiba. Nas outras cidades, o grupo vai fazer um intercâmbio de idéias, demonstrações de trabalhos e de treinamento com outros grupos e companhias, chamado “Processos e procedimentos entre grupos”. As apresentações em Campinas acontecem nos dias 14 e 15/07 no Centro Cultural Casarão, e em Curitiba dentro da programação do Palco Giratório Paraná em agosto. Hotel Fuck passa por São Paulo e encerra a viagem no Rio de Janeiro, em datas a confirmar, previstas para novembro.

Hotel Fuck está ancorado no diálogo entre a linguagem cinematográfica e teatral e tem como objetivo interferir nos espaços cotidianos da cidade sob a forma de um set de filmagem, com texto dramático de Diones Camargo e direção de Jezebel.  A peça transita entre o teatro, o cinema e a rua.

Hotel Fuck – Sobre o texto de Diones Camargo

No roteiro, Diones Camargo tece os três episódios idealizados por De Carli movendo-se a partir de personagens criados pelos atores e suas composições cênicas em processos colaborativos entre direção, atores e dramaturgo. Camargo produz um texto atravessado pelo cinema, teatro, literatura e todo o “lixo cultural” que vem se acumulando ao longo das últimas décadas.

Sinopse

Quando Nick Newman, um infame esquartejador de mulheres, decide parar de matar, ele não imagina os problemas que essa decisão irá lhe trazer. A começar por Linda, sua amante imortal, que fica furiosa com a notícia, pois apesar dos insistentes pedidos ela nunca teve a sorte de ser destroçada pelo amado, da mesma forma que este fazia com as outras mulheres. Outra que não suporta a idéia é Audrey, uma mulher misteriosa que planeja vingar-se do homem que a mutilou, anos antes. Para isso, ela contrata Gordon, um detetive durão, sem saber que na verdade este não passa de um ex-ator que vive aprisionado no seu único e derradeiro papel. Essas figuras ainda cruzarão com Ashley, uma diva pornô excêntrica, egoísta e radicalmente egocêntrica; com Loureen, uma diretora fetichista e dominadora, que está em busca do próximo roteiro que lhe colocará novamente atrás das câmeras; e com Jessica, uma transexual dividida pela culpa de um passado obscuro. Para completar esse cenário de pesadelo, um quadro de James Dean, um vestido da Marilyn Monroe, um papel de parede de pinturas rupestres, e uma revelação mística trazida por Leatherface. Garotas com cinta liga e armas em punho, massacres, assaltos a bancos, fetiches e perversões, algemas, couros e muffins, perseguições implacáveis, apostas mal-sucedidas, trocas de identidades, travestismo, esquartejamentos, revelações místicas trazidas por Leatherface, garotões que amam suas Magnum 44, corações partidos, sexo e sangue… muito sangue. Onde? No Hotel Fuck, baby.

FICHA TÉCNICA

Direção: Jezebel De Carli

Texto: Diones Camargo

Coordenação de produção e divulgação: Rodrigo Marquez

Assistência de Produção: Marcinhò Zola

Elenco: Ana Carolina Moreno, Denis Gosch, Jeffie Lopes, Gabriela Greco, Larissa Sanguiné, Luciana Rossi, Rafael Guerra

Cenário: Juliano Rossi

Figurino: Fabrízio Rodrigues

Iluminação:  Luiz Acosta

Captação e edição de vídeos: Bruno Goularte Barreto

Trilha sonora pesquisada: Jezebel De Carli

Produtores Locais: Campinas – Cassiane Tomilhero

Curitiba – Thiago Inácio

Rio de Janeiro – Bruno Lelis

São Paulo – Aysha Nascimento

Assessoria de Imprensa Nacional: Bruna Paulin

Diretor Cenotécnico: Gilberto Goulart

Coordenação Logística Cenografia: Ana Carolina Moreno

Responsável técnico iluminação e operador de luz:  Luiz Acosta

Projeto Gráfico do Espetáculo: Kátia Ozório

Projeto Gráfico da Turnê: Sandro Ka

Site: Sandro Ka

Produção Executiva/Grupo: Palco Aberto Produtora

Realização: Santa Estação Companhia de Teatro

Histórico da Companhia

A Santa Estação Cia. de Teatro fundada em 2003 sob direção de Jezebel De Carli e integrada por atores/bailarinos formados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul e Teatro Escola de Porto Alegre, mantém seu trabalho de criação e produção artística bem como de gestão e programação cultural de um espaço de referencia no âmbito das artes cênicas na cidade de porto alegre, o projeto Usina das Artes – Usina do Gasômetro. Nestes nove anos a Santa Estação na busca de criar uma linguagem própria e inovadora vem produzindo espetáculos, experimentos e performances com reconhecimento de público e crítica.