Atividade contará com a presença do diretor Jorge Furtado às 19h30
Na próxima terça-feira, 22 de janeiro, às 19h30, a Cinemateca Capitólio Petrobras (Rua Demétrio Ribeiro, 1085) promove sessão comentada de Rasga Coração, com a presença do diretor Jorge Furtado. A sessão é uma parceria com o Clube de Cinema de Porto Alegre, que completou 70 anos de atividades em 2018 e acaba de receber da ACCIRS, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, o prêmio Luiz César Cozzatti – Destaque Gaúcho, destinado à valorização da produção audiovisual e a cultura do RS.
Rasga Coração é uma adaptação da peça homônima de Oduvaldo Vianna Filho, com roteiro do diretor, Ana Luiza Azevedo e Vicente Moreno e conta a história de conta a história de Manguari Pistolão (Marco Ricca), militante anônimo, que depois de quarenta anos de lutas vê o filho Luca (Chay Suede) acusá-lo de conservador. Sem dinheiro para fechar o mês, sofrendo com as dores de uma artrite crônica, e num crescente conflito com Luca, Manguari passa em revista seu passado, e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai. Intercalando fragmentos de vários momentos da vida de Manguari, o filme atravessa quarenta anos da vida política brasileira. O longa-metragem é uma coprodução da Casa de Cinema de Porto Alegre, Globo Fiilmes e Canal Brasil, com distribuição da Sony Pictures.
O texto original segue tão atual e necessário quanto em seu lançamento, em 1974. Última peça escrita por Vianninha, além de censurada, teve sua encenação e publicação proibidas e mesmo assim recebeu primeiro prêmio no concurso do SNT, por unanimidade da banca, sendo liberada pela Censura apenas cinco anos depois. No prefácio da peça, escrito em fevereiro de 1972, o autor dedicaria ao “lutador anônimo político, aos campeões de lutas populares; preito de gratidão à ‘velha guarda’: à geração que me antecedeu, que foi a que politizou em profundidade a consciência do país”.
No elenco, além de Ricca e Suede, estão Drica Moraes, Luisa Arraes, George Sauma, João Pedro Zappa, Duda Meneghetti, Kiko Mascarenhas, Fabio Enriquez, Nelson Diniz, Anderson Vieira e Cinândrea Guterres. São 20 atores no elenco e 350 figurantes que compõe a ficha de “Rasga Coração”.
As gravações ocorreram em Porto Alegre no final de 2017, com captação em 4K, e com uma equipe composta por 150 profissionais, que que ficaram envolvidos pelo período médio de dois meses de pré-produção e um mês de filmagem, nas dependências do Tecna-Viamão/PUCRS, onde o cenário do apartamento de 170m2 foi construído em 20 dias, mantendo a reprodução de um edifício de Copacabana, selecionado pelos diretores de arte Fiapo Barth e William Valduga.
Aproveitando o espaço da antiga Capela do local, uma equipe de dez marceneiros, dez pintores de arte (vindos de SP), três serralheiros e dois escultores trabalhou no apartamento de Manguari Pistolão que foi montado nos mínimos detalhes para manter as características das construções do bairro carioca: detalhes da fachada, réplica de persianas antigas e janelas do mesmo tamanho que o prédio original, com uma vista para um chroma de 20m, que foi trabalhado em efeitos na pós-produção integram a cena. Mais de 30 empresas fornecedoras estiveram envolvidas, entre serralheria, vidraçaria, madeireira, tintas, papel de parede, pisos, demolidora, acabamentos, molduras, entre outros, além dos oito profissionais da própria equipe de arte do filme. As externas foram filmadas em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.
Rasga Coração tem Produção Executiva de Nora Goulart, Direção de Fotografia de Glauco Firpo, Direção de Arte de Fiapo Barth e William Valduga, Direção de Produção de Bel Merel e Glauco Urbim, Figurinos de Rô Cortinhas, Caracterização de Britney, Música Original de Maurício Nader e Montagem de Giba Assis Brasil.
Rasga Coração teve sua première na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro. O filme também foi exibido no Festival do Rio, na mostra Première Brasil e no X Festival Internacional de Cinema da Fronteira, onde recebeu o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.
O filme seguirá em cartaz na Cinemateca Capitólio com sessões às 18h nos dias 24, 26 e 29 de janeiro. Mais informações: facebook.com/RasgaCoracaoFilme
Sinopse
Rasga Coração é uma adaptação da peça de Oduvaldo Vianna Filho e conta a história de Manguari Pistolão, militante anônimo que depois de quarenta anos de luta pelo que considera novo e revolucionário, vê o filho Luca acusá-lo de conservador, antiquado e anacrônico. Contando o dinheiro para fechar o mês, sofrendo com as dores de uma artrite crônica e num crescente conflito com o filho, Manguari passa em revista seu passado e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai. A partir de uma relação entre pai e filho, o filme conta a história de um país partido.
Elenco principal
Marco Ricca – Manguari
Drica Moraes – Nena
Chay Suede – Luca
Luisa Arraes – Mil
George Sauma – Lorde Bundinha
João Pedro Zappa – Manguari Jovem
Duda Meneghetti – Nena Jovem
Kiko Mascarenhas – Castro Cott
Fabio Enriquez – Castro Cott Jovem
Nelson Diniz – 666
Anderson Vieira – Camargo Velho
Cinândrea Guterres – Talita
Roteiro: Jorge Furtado, Ana Luiza Azevedo e Vicente Moreno.
Direção: Jorge Furtado
Produção Executiva: Nora Goulart
Direção de Fotografia: Glauco Firpo
Direção de Arte: Fiapo Barth e William Valduga
Direção de Produção: Bel Merel e Glauco Urbim
Figurinos: Rosângela Cortinhas
Caracterização: Britney Federline
Produção de Elenco: Laura Leão
Montagem: Giba Assis Brasil
Música original: Maurício Nader
SOBRE A CASA DE CINEMA DE PORTO ALEGRE
A Casa de Cinema de Porto Alegre ganhou em 2015 o Emmy Internacional de Melhor Comédia pela série Doce de Mãe. A produtora foi criada em 1987 por um grupo de cineastas do sul do Brasil. Em 30 anos, a Casa já produziu mais de uma centena de filmes, vídeos, programas de TV e séries. Nossos parceiros e clientes incluem empresas como TV Globo, Globosat, RBS TV, Canal Futura, Canal Brasil, Canal Curta!, a britânica Channel 4, a alemã ZDF, HBO Latin America, as fundações norte-americanas Rockefeller e Macarthur, as distribuidoras Columbia, Elo Company, Imagem Filmes, Espaço Filmes, Fox e a produtora argentina 100 Bares. A estratégia da Casa de Cinema de Porto Alegre é produzir conteúdo exclusivo com relevância social, com foco no desenvolvimento artístico e cultural.
www.casacinepoa.com.br | https://www.facebook.com/casacinepoa | https://www.youtube.com/user/casacinepoa | https://vimeo.com/casacinepoa | @casacinepoa
SOBRE A GLOBO FILMES
Desde 1998, a Globo Filmes já participou de mais de 250 filmes, levando ao público o que há de melhor no cinema brasileiro. Com a missão de contribuir para o fortalecimento da indústria audiovisual nacional, a filmografia contempla vários gêneros, como comédias, infantis, romances, documentários, dramas e aventuras, apostando na diversidade e em obras que valorizam a cultura brasileira. A Globo Filmes participou de alguns dos maiores sucessos de público e de crítica como, ‘Tropa de Elite 2’, ‘Minha Mãe é uma Peça 2’ – com mais de 9 milhões de espectadores -, ‘Se Eu Fosse Você 2’, ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’, ‘Getúlio’, ‘Carandiru’ e ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar. Suas atividades se baseiam em uma associação de excelência com produtores independentes e distribuidores nacionais e internacionais.
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil tem um papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008 com “Lóki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante. Agora em 2018, o canal atinge a marca de 300 filmes. Sair do campo da exibição e partir também para feitura fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos uma importância imensurável dentro do cenário do cinema brasileiro recente. Entre os longas recém coproduzidos estão “Animal Cordial” de Gabriela Almeida; “Divinas Divas”, de Leandra Leal; “Não Devore o Meu Coração” de Felipe Bragança e “Pendular” de Julia Murat.
SOBRE A SONY PICTURES
Com presença marcante no mercado nacional, a Sony Pictures distribuiu e/ou co-produziu no Brasil, 22 dos 25 filmes nacionais lançados na década de 90, momento da retomada. Em 2018, através do investimento em inúmeras produções, apostando em novos talentos e diferentes gêneros ao longo dos últimos anos, a Sony chega à marca de mais de 60 filmes nacionais distribuídos e/ou co-produzidos, entre eles: Deus é Brasileiro, O Auto da Compadecida, Carandiru, Cazuza, 2 Filhos de Francisco, Saneamento Básico, Meu Nome Não é Johnny, Chico Xavier, Xingu, Tainá, Confissões de Adolescente e Um Tio Quase Perfeito.
Exibição de “Não, não sei, enfim”, dirigido por Boca Migotto ocorre no dia 05 de novembro com entrada franca
Na segunda-feira, 05 de novembro, às 20h, Gustavo Telles & Os Escolhidos lançam o videoclipe de Não, não sei, enfim na Cinemateca Capitólio Petrobras. O clipe, dirigido por Boca Migotto, terá exibição seguida de show. No repertório, todas as músicas do álbum homônimo lançado nas plataformas digitais no final de 2017 e em CD em julho deste ano, apresentadas por Gustavo Telles (vocal e bateria), Murilo Moura (teclados e vocal), Edu Meirelles (baixo) e Daniel Mossmann (guitarra). A entrada é franca.
Segundo o jornalista Márcio Grings, responsável pelo release do álbum Gustavo Telles & Os Escolhidos, “Não, não sei, enfim é uma canção de amor que poderia ser regravada por Odair José. O embalo romântico de fim de festa, ora nos joga de volta pros anos 1950/60, outras vezes flerta com o clima de uma banda de rock enfurnada num boteco apertado; trilha sonora adequada para uma garçonete recolher os copos sujos do balcão enquanto um segurança se ocupa em expulsar o último bêbado desse inferninho”.
O clipe foi gravado dia 10 de junho de 2018 em Porto Alegre e traz os atores Bruno Krieger e Carina Dias como os protagonistas, além de participações de Telles, Migotto, Carol Scortegagna e Luciana Pasqual. O roteiro, assinado pelo diretor, retrata o término de um relacionamento. A produção executiva é de Jaqueline Beltrame. Bruno Polidoro e Pedro Clezar assinam a direção de fotografia. Direção de arte e figurino por João e Maria. A maquiagem é de Carol Eléguida. Juan Quintáns é o responsável pela montagem e a finalização é de Daniel Dode.
Uma versão em vinil do álbum será lançada ainda este ano. A retirada de senhas ocorre meia hora antes, na bilheteria da Cinemateca Capitólio Petrobras, apoiadora do evento. Mais informações facebook.com/gustavo.telles.10 e http://www.gustavotelles.com.br
Ficha técnica do clipe “Não, não sei, enfim”
Atores Convidados: Bruno Krieger e Carina Dias
Participação: Boca Migotto, Carol Scortegagna, Gustavo Telles, Luciana Pasqual
Direção e Roteiro: Boca Migotto
Produção Executiva: Jaqueline Beltrame
Direção de fotografia: Bruno Polidoro e Pedro Clezar
Câmeras: Juan Quintáns, Bruno Polidoro e Pedro Clezar
Eletricista: Guilherme Kroeff
Direção de Arte e Figurino: João e Maria
Contra-regras: Dani Magalhães
Maquiagem: Carol Eléguida
Montagem: Juan Quintáns
Finalização: Daniel Dode
Consultoria Jurídica: Patricia Goulart
Apoio:
Locall
Teimoso Filmes e Artes
Post Frontier
Convulsion Epics
Propasta
Uma realização:
Teimoso Filmes e Artes
“A realização deste clipe só foi possível graças ao empenho, entrega e dedicação de toda a equipe e apoiadores. Muitíssimo obrigado a todos!” Gustavo Telles
Gustavo Telles & Os Escolhidos
Compositor, cantor, multi-instrumentista e produtor, Gustavo Telles iniciou seu projeto solo em 2009, chamado Gustavo Telles & Os Escolhidos, e possui quatro álbuns lançados: “Do seu amor, primeiro é você quem precisa” (2010), “Eu perdi o medo de errar” (2013), “Ao Vivo no Theatro São Pedro (2017) e “Gustavo Telles & Os Escolhidos” (2017).
Lançado primeiramente nas plataformas digitais no fim do ano passado, o álbum “Gustavo Telles & Os Escolhidos” ganhou versão em CD em julho de 2018. O vinil será lançado até o final do ano. Ao vivo, Telles canta e toca bateria, acompanhado de Murilo Moura nos teclados e vocal, Edu Meirelles no baixo e Daniel Mossmann (Pata de Elefante) na guitarra e vocal.
Gustavo Telles é fundador e ex-integrante da banda de rock instrumental Pata de Elefante. Formado em 2002, o grupo lançou quatro álbuns, ganhou prêmios como o VMB 2009 (MTV) e Açorianos de Música de Porto Alegre – Revelação em 2005 e Melhor Disco Instrumental em 2011-, circulou por diversos estados do país, teve músicas incluídas em trilhas sonoras de filmes e tornou-se um dos principais nomes da nova música instrumental brasileira. A banda parou com suas atividades em março de 2013 e retornou em outubro de 2016. Em outubro de 2017, Gustavo Telles sai da Pata de Elefante para dedicar-se ao seu trabalho solo.
SOBRE O ÁLBUM “GUSTAVO TELLES & OS ESCOLHIDOS” (2017)
Ex-integrante do trio de rock instrumental Pata de Elefante, Gustavo Telles prossegue firme em sua hiperatividade artística. Depois de elogiada estreia solo em “Do seu amor, primeiro é você quem precisa” (2010), da boa sequência em “Eu perdi o medo de errar” (2013), Telles solidificou sua incursão pelo folk/country/rock/blues. Um retrospecto dessa linhagem está em “Gustavo Telles & Os Escolhidos Ao Vivo no Theatro São Pedro” (2017), testemunho desse caminho construído por um repertório coerente e original. Porém, se no segundo disco o tempero soul foi uma surpresa, já no álbum homônimo “Gustavo Telles & Os Escolhidos” (2017), com lançamento programado para outubro, via 180 Selo Fonográfico, apenas para plataformas digitais, entre elas o Spotify, iTunes, Google Play e ONErpm, o espírito soul parece ter vingado forte em suas músicas.
Aproximando a lupa um pouco mais, na verdade visualizamos um gene rock ‘n’ soul como palheta de cor predominante nas 11 novas canções inéditas, assim como reluz frente aos nossos olhos a bonita imagem da capa captada pelo fotógrafo Rodrigo Marroni, com arte de Leo Lage. E para executar o novo trabalho, ao contrário de uma legião de músicos e convidados (algo que teve seu ponto alto no show ao vivo no Theatro São Pedro), dessa vez os Escolhidos são poucos: “Antes, a formação era flutuante e eu contava com diversos músicos colaboradores. Agora, pela primeira vez, consegui manter uma formação fixa. Isso implica em uma nova sonoridade”, relata Telles. A produção musical é de Daniel Mossmann (Pata de Elefante), velho parceiro do músico e que também é o guitarrista do álbum. E Gustavo Telles e Murilo Moura assinam a coprodução. Murilo Moura está nos teclados e vocal, Felipe Kautz (Dingo Bells) no baixo e o próprio Telles mais Alexandre “Papel” Loureiro dividem a bateria. Por último, Paulo Arcari, responsável pela gravação, mixagem e masterização no Studio Rock, participa também como percussionista em várias passagens do disco. E essa escolha pode ser um dos fatores que contribuem para o sentimento de conexão e coesão desse conjunto de músicas.
De início, ao desembrulhar o pacote, topamos de cara com “Vem comigo”, um tema que coloca o pé na porta e deixa claro que estamos ouvindo um disco de rock ‘n’ roll cantado em português. “É um som pegado com alma soul”, afirma o compositor. Sotaque stoneano com identidade do rock daqui. “A coragem vem do medo”, diz a letra, ritmada como se estivéssemos emaranhados no trânsito caótico de um fim de tarde em qualquer metrópole do mundo.
“Temporal” relembra um dos temporais mais devastadores que passaram pela Capital gaúcha nos últimos anos. Telles faz o serviço completo: “Em Porto Alegre, 29 de janeiro de 2016”; canta em um dos trechos da música. E um cíclico riff de guitarra empurra o tema ladeira acima. Participação da cantora gaúcha Marina Garcia e do trio Dingo Bells nas vozes de apoio.
“Não, não sei, enfim” é uma canção de amor que poderia ser regravada por Odair José. O embalo romântico de fim de festa, ora nos joga de volta pros anos 1950/60, outras vezes flerta com o clima de uma banda de rock enfurnada num boteco apertado; trilha sonora adequada para uma garçonete recolher os copos sujos do balcão enquanto um segurança se ocupa em expulsar o último bêbado desse inferninho. “Deixe-me ir” nos empresta aquela sensação de movimento, um sentimento de que a vida não pode parar. Parida em linhagem soul, com direito a corinhos de “uhh-uhh” e arejada pelo clima de improviso, o tema ainda conta com participação especial de Vicente Guedes nas percussões. “Sempre mais” nos convida a sacolejar ao balanço de uma guitarra limpa que caminha lado a lado com um teclado Hammond. Perceptível a evolução do protagonista como cantor.
“E de tudo que já vivi” é um blues repleto de espaços vazios, onde nos emaranhamos às nuanças de cada instrumentista. Dá pra imaginar o ar circulando entre os músicos. Apesar do recado otimista “Ser feliz, por que não / E assim, ele resolveu ir fundo”, somos aos poucos tomados por um sentimento de estafa a contaminar letra e sonoridade – abatidos pela experiência de um sofrimento vivido, como todo o bom blues deve estar impregnado.
“Outra vez” é a piano song do álbum, gravada ao vivo no velho modo ‘menos é mais’. Essa economia mostra a força das composições de Telles, fácil também de imaginá-las em outras vozes. A instrumental “Dormindo no sofá” é um resquício do espólio da Pata de Elefante, música composta para um projeto abandonado que reencarna como único libelo country do novo disco, e elo a nos conectar com a lembrança do country-rock de “Do seu amor primeiro é você que precisa”.
“A Vida é Breve” é outro ponto alto do álbum, com destaque para o iluminado solo de guitarra de Mossmann. A meu ver uma perfeita alusão ao som do supergrupo inglês Blind Faith, formação que conseguiu reunir Eric Clapton e Steve Winwood. “Muitos dizem que têm razão” nos revela o viés político de Telles. “Eu escrevi essa música quando o pedido de impechament de Dilma estava sendo julgado”. Sim, o verdadeiro artista precisa saber separar o joio do trigo e deve assumir seu posicionamento frente à dura realidade que todos nós vivemos.
E finalizando os trabalhos, “Que seja pra valer”, espécie de música emblema daquilo que Gustavo Telles & Os Escolhidos nos propõem com suas canções. Apesar de aparentemente percorrer trilhas perseguidas por muitos músicos que se inspiram no rock difundido por bandas/artistas atuantes na segunda metade dos anos 1960 e primeira metade dos anos 1970, Telles não sofre de um mal comum em muitos coirmãos de hoje: não vejo a obsessão pelo ‘retrô’ ou uma busca obsessiva pelo vintage. Pelo contrário, o espirito dessas canções também está ligado com o bom rock dos dias de hoje. E por mais que o Santo Graal de boa parte dos ídolos do compositor esteja cimentado na música de um tempo passado, só os tolos (ou surdos) não irão perceber que claramente estamos a ouvir um trabalho que tem uma marca de talento do nosso tempo.
*Por Márcio Grings
Lançamento do clipe “Não, não sei, enfim”, de Gustavo Telles & Os Escolhidos
Segunda-feira, 05 de novembro, 20h, entrada franca
Cinemateca Capitólio Petrobras – R. Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico
Exibição do clipe seguida de show
Sessões, exposição e debate com entrada franca ocorrem na Cinemateca Capitólio
De 06 a 11 de junho a Cinemateca Capitólio Petrobras recebe a 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, uma realização do Ministério de Direitos Humanos, com produção nacional do Instituto Cultura em Movimento – ICEM, patrocínio da Petrobras e do Itaú e produção local da Primeira Fila Produções. A Mostra será realizada nas 26 capitais do país e no Distrito Federal, em centros culturais, instituições públicas e privadas e escolas.
Nesta edição, o circuito principal conta com 29 filmes entre curtas, médias e longas-metragens, divididos em três mostras: Panorama, Temática – que abordará questões de gênero, e Homenagem – com foco na obra da cineasta Laís Bodansky. Uma novidade este ano é a Mostrinha, voltada para o público infanto-juvenil e que exibirá outros oito curtas-metragens.
Destaque para as produções gaúchas Carol, de Mirella Kruel, e Epidemia de Cores, de Mário Eugênio Saretta, Madrepérola de Deise Hauenstein, De que lado me olhas de Ana Carolina de Azevedo e Helena Sassi e Pobre Preto Puto de Diego Tafarel.
A Mostra Panorama apresenta filmes selecionados a partir da convocatória pública e filmes que foram prospectados pela equipe de curadoria. São 17 produções que contemplam aspectos como direitos das pessoas com deficiência, população LGBT/enfrentamento da homofobia, memória e verdade, crianças, adolescentes e juventude, pessoas idosas, população negra, população em situação de rua, mulheres, direitos humanos e segurança pública, proteção aos defensores de direitos humanos, direito à participação política, combate à tortura, situação prisional, democracia e Direitos Humanos, saúde mental, cultura e educação em Direitos Humanos.
A Mostra Temática trata sobre a questão de gênero. Foram selecionados sete títulos que abordam temas relacionados às mulheres, orientação sexual e identidade de gênero, como, por exemplo, empoderamento feminino, violência contra a mulher, estereótipos de gênero, LGBTfobias, conquistas sociais, políticas e econômicas, o direito à igualdade e à não descriminação, dentre outros.
A Mostra Homenagem tem como tradição homenagear cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco dos debates. A homenageada desta edição é a cineasta Laís Bodansky, cuja obra tem relevância o debate sobre um mundo onde todos possam se reconhecer e viver a igualdade e direitos de oportunidades. Cinco filmes da cineasta fazem parte da programação.
A Mostra Cinema e Direitos Humanos é uma das estratégias do Governo Federal para a consolidação da cultura e educação em Direitos Humanos, ampliando espaços de debate e discussão por meio da linguagem cinematográfica e contribuindo para o exercício da solidariedade e do respeito às diversidades.
Para a realização da Mostra, o ICEM conta com uma rede de colaboradores locais espalhados por todo o país. “O produtor local é um grande multiplicador do valor cultural dos filmes exibidos e promotor de um debate aberto sobre a cultura, valores e temáticas nacionais. Ele responde pela Mostra nas capitais contempladas, nas instituições, organizações e nos meios de comunicações locais. Os produtores do projeto estão conectados em uma rede formada por diversos protagonistas, que viabilizam o funcionamento desta dinâmica relação”, diz a diretora do ICEM, Luciana Boal. Em Porto Alegre, a produção é da Primeira Fila Produções.
A Mostra em Porto Alegre também conta com uma exposição, que ficará em cartaz no Capitólio de 06 de junho a 02 de julho. Gestos, Camadas e Contexturas conta com seis obras de Tânia Oliveira e curadoria Alexandra Eckert. Tendo o ser humano como temática central, as pinturas de Tânia transmitem a reflexão da artista sobre corpos delicados e frágeis e coração sensível, de pessoas que tiveram suas vidas transformadas por algum infortúnio: dor, desespero e melancolia.
Segundo Tânia, o que está em questão nesta proposta é a noção de comunicabilidade. Tal possibilidade permite o intercambio de experiências e o conhecimento de realidades distintas, abandonando o silêncio do processo criativo para descortinar o contato com o outro.
A pintora atua há muitos anos como figurinista, especializando-se em filmes de época. Este trabalho de pesquisa e construção de personagem e de anatomia, Tânia acredita influenciar em sua pintura, encontrando a expressão e desconstruindo-a, como se pudesse moldá-la na tela.
No dia 10, às 16h, o público pode participar do debate “Ver com os ouvidos: o papel da audiodescrição na produção audiovisual”. A produção de audiodescrição no setor audiovisual é, mais do que uma recente exigência legal no Brasil, a garantia do direito de acesso de pelo menos 36 milhões de pessoas com deficiência visual à arte cinematográfica. Entre outros requisitos, o diálogo permanente entre produtores de cinema, de acessibilidade e o público torna-se indispensável para assegurar a qualidade funcional e estética deste recurso de acessibilidade comunicacional. Participam da atividade as produtoras e audiodescritoras na OVNI Acessibilidade Universal Mimi Aragón e Kemi Oshirom o produtor, diretor e artista digital da Bactéria Filmes, Pedro Marques, e o estudante de psicologia consultor e usuário de audiodescrição, Rafael Braz. O evento ocorre na Sala Multimídia com entrada franca.
Todas as exibições serão gratuitas. No site da Mostra – http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br é possível acompanhar quais sessões serão seguidas de debate e quais terão audiodescrição.
Programação
06 de junho, terça-feira
19h
Mostra Panorama
Depois Que Te Vi (16’33) Livre (Direitos da Pessoa com Deficiência)
Mostra Temática
De Que Lado Me Olhas (15′) Livre (Diversidade Sexual / Cidadania LGBT)
07 de junho, quarta-feira
10h
Mostra Panorama
Como Seria? (3′) 12 anos (Direitos da Pessoa com Deficiência)
Lápis Cor de Pele (15’53) Livre (Direitos da População Afrodescendente Igualdade Racial / Infância)
Pai aos 15 (16’14) 10 anos (Direitos da Criança e Adolescente, Igualdade Racial / Infância)
Chá do General (22′) Livre (Relações Intergeracionais)
Do Que Aprendi Com Minhas Mais Velhas (26′) Livre (Diversidade Religiosa / Cultura Tradicional )
14h – sessão com audiodescrição
Mostra Temática
A História da Menininha Que Amava Borboletas (4´) 14 anos (Direitos das Mulheres)
Precisamos Falar do Assédio (80′) 14 anos (Direitos das Mulheres)
16h – sessão com audiodescrição
Mostra Temática
Pobre Preto Puto (15′) 12 anos (Cidadania LGBT)
Carol (20′) 14 anos (Direitos das Mulheres / Direitos da Pessoa com Deficiência)
17h – sessão com audiodescriçao
Mostra Temática
Madrepérola (14,55′) 10 anos (Direitos das Mulheres)
Meu Nome É Jacque (72′) 12 anos (Cidadania LGBT / Diversidade Sexual/ Direitos das Mulheres / Direitos da Pessoa com Deficiência)
19h
Mostra Homenagem
As Melhores Coisas do Mundo (105′) 14 anos (Direitos da Criança e do Adolescente/ Diversidade Sexual)
08 de junho, quinta-feira
10h
Mostra Panorama
Manacial (7′) Livre (Direito ao Meio Ambiente Sustentável)
Menino 23 (80′) 10 anos (Direitos da Criança e do Adolescente/ Igualdade Racial/Trabalho Escravo)
14h
Mostrinha
Balanço das Meninas (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Hora do Lanchêêê (14’27) Livre (Direito a Alimentação Adequada)
Futebol, Paixão e Confusão (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Meninos e Reis (15’58) Livre (Direitos das Populações Tradicionais/ Direito à Cultura)
16h – sessão seguida de debate com Lucas Maróstica e Gabriel Galli
Mostra Panorama
Depois Que Te Vi (16’33) Livre (Direitos da Pessoa com Deficiência)
Mostra Temática – sessão seguida de debate
De Que Lado Me Olhas (15′) Livre (Diversidade Sexual / Cidadania LGBT)
Convidados:
Lucas Maróstica é jornalista, tem 26 anos, é um dos organizadores da Parada Livre de Porto Alegre. É o atual presidente da União Nacional LGBT-RS. Envolvido e engajado em diversas iniciativas de promoção de cidadania da população LGBT e promoção dos direitos humanos.
Gabriel Galli é jornalista e mestrando em Comunicação Social pela PUCRS. Co-fundador do grupo Freeda – Espaços de Diversidade, atua com foco em comunicação de movimentos sociais e pesquisa cultura digital.
17h
Mostra Panorama
Intolerância.doc (85′) 14 anos (Direitos Humanos / Segurança Pública)
19h
Mostra Homenagem
Cartão Vermelho (14′) 14 anos (Direitos das Mulheres)
Bicho de Sete Cabeças (84′) 14 anos (Direitos Humanos e Saúde Mental)
09 de junho, sexta-feira
14h
Mostrinha
Mônica Freestyle (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Iemanjá Yemoja: A Criação das Ondas (9’13) Livre (Direitos Humanos e Diversidade Religiosa)
Nana Nenê (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Imagine Uma Menina com Cabelos de Brasil (10′) Livre (Direitos da Criança e do Adolescente)
16h
Mostra Temática
Pobre Preto Puto (15′) 12 anos (Cidadania LGBT)
Carol (20′) 14 anos (Direitos das Mulheres / Direitos da Pessoa com Deficiência)
17h
Mostra Panorama
Estrutural (89′) 14 anos (Direito a Moradia/ Violência Policial/ Direito a Memória e Verdade / Direito a Terra)
19h – sessão seguida de debate com Deise Hauenstein, diretora de Madrepérola e Sandro Ka, representante do SOMOS
Mostra Temática
Madrepérola (14,55′) 10 anos (Direitos das Mulheres)
Meu Nome É Jacque (72′) 12 anos (Cidadania LGBT / Diversidade Sexual)
Sandro Ka é artista visual, doutorando e mestre em Poéticas Visuais pelo PPGAV/UFRGS, especialista em Ética e Educação em Direitos Humanos pela FACED/UFRGS e bacharel em Artes Plásticas formado pelo IA/UFRGS. No campo da pesquisa, se interessa pela articulação entre Arte, Política e Sexualidade, com ênfase em Cultura LGBT.
O SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade é uma ONG atuante em Porto Alegre/RS que realiza ações transdisciplinares, tendo como base os direitos humanos, com ênfase em direitos sexuais e direitos reprodutivos, a partir da articulação das áreas de educação, saúde, comunicação e arte. A sua missão é trabalhar por uma sociedade plural e democrática por meio da afirmação de direitos.
10 de junho, sábado
14h
Mostra Homenagem
Mulheres Olímpicas (52′) Livre (Direitos das Mulheres)
16h
Mostrinha
Balanço das Meninas (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Hora do Lanchêêê (14’27) Livre (Direito a Alimentação Adequada)
Futebol, Paixão e Confusão (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Meninos e Reis (15’58) Livre (Direitos das Populações Tradicionais/ Direito à Cultura)
17h – sessão seguida de debate com a presença de Diego Tafarel, diretor de Pobre Preto Puto, Mirela Kruel, diretora de Carol, Carolina Santos, Coletivo Feminino Plural e atriz do filme e Priscila Leote, da ONG Outra Visão
Mostra Temática
Pobre Preto Puto (15′) 12 anos (Cidadania LGBT)
Carol (20′) 14 anos (Direitos das Mulheres / Direitos da Pessoa com Deficiência)
A ONG Outra Visão atua em porto alegre desde 1999 mas tem seu registro em março de 2003. Atua na realização de parada livres e em cursos de formação da diversidade. E luta por direitos da comunidade LGBT Priscila Leote atual coordenadora do Outra Visão. Técnica de enfermagem e estudante de psicologia. Lésbica e militante dos direitos humanos
19h
Mostra Panorama
Humano – Uma Viagem Pela Vida (143′) 12 anos (Direitos Humanos)
12 de junho, domingo
14h
Mostra Homenagem
Chega de Saudade (95′) 12 anos (Direitos da Pessoa Idosa)
16h
Mostrinha
Mônica Freestyle (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Iemanjá Yemoja: A Criação das Ondas (9’13) Livre (Direitos Humanos e Diversidade Religiosa)
Nana Nenê (0,36′) Livre (Direitos das Mulheres)
Imagine Uma Menina com Cabelos de Brasil (10′) Livre (Direitos da Criança e do Adolescente)
17h
Mostra Panorama
Tortura Tem Cor (16′) Livre (Combate a Tortura / Direito a Memória e Verdade)
Praça de Guerra (19′) Livre (Direito a Memória e Verdade)
Quem? Entre Muros e Pontes (20′) 12 anos (Direitos dos Refugiados)
Índios No Poder (21′) 10 anos (Direitos da População Indígena)
19h – sessão seguida de debate com Mario Eugênio Saretta, diretor de Epidemia de Cores e Solange Luciano participante do documentário.
Mostra Panorama
Ilha (14′) 12 anos (Direito a Saúde Mental / Dignidade da Pessoa Humana)
Epidemia de Cores (70′) 8 anos (Direito a Saúde Mental)
Mário Eugênio Saretta: Antropólogo e diretor do filme Epidemia de Cores. Doutorando em antropologia social, realizou pesquisas sobre alteridade e loucura.
Solange Gonçalves Luciano: Artista, ativista pelos direitos humanos e autointulada como um verdadeiro resgate em saúde mental. Participante de Epidemia de Cores, é autora da coleção Vestes Falantes, inspirada em Nise da Silveira, que se referem ao período que esteve internada e às possibilidade de diálogo entre arte e loucura.
Assessoria de Imprensa Local
Bruna Paulin – Assessoria de Flor em Flor
(51) 984070657 | bruna@brunapaulin.com