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Goethe-Institut Porto Alegre

Longa-metragem “Irmã” no Jornal do Comércio de hoje

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Goethe-Institut Porto Alegre na mídia

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Goethe-Institut Porto Alegre em Zero Hora de hoje

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Goethe-Institut Porto Alegre promove simpósio para discutir censura e liberdade artística nos dias 11 e 12 de julho

Cuidado, Arte © Klaus Staeck_

 Cuidado, Arte! conta com debates com especialistas incluindo a curadora austríaca Katalin Erdödi, intervenção artística no muro da instituição e mostra de curtas

 

O Goethe-Institut Porto Alegre promove nos dias 11 e 12 de julho o simpósio Cuidado, Arte!, que reunirá diversos especialistas para discutir censura e liberdade artística, incluindo a participação da curadora austríaca Katalin Erdödi. O evento integra o projeto regional O que pode a arte?, no qual Institutos Goethe no Brasil, Paquistão e Nigéria estão desenvolvendo atividades que tratem do tema.

“Durante muito tempo, a liberdade de pensamento e expressão nos países democráticos foi dada como um consenso geral. Esse consenso parece estar cada vez mais desmoronando. Grupos extremistas de direita e até mesmo partidos no governo em vários países do mundo estão reprimindo artistas, praticando abertamente censura ou privando-os de seus meios financeiros de produção e, portanto, a base de seu sustento. Ao mesmo tempo, se discute no contexto da crítica institucional, decolonial e feminista se a arte realmente pode tudo. Alguns exigem, em nome de grupos desfavorecidos, uma censura de baixo. A reivindicação da arte à autonomia é questionada por vários lados. O que essas mudanças significam para os artistas e para a sociedade? Como lidar com a crescente autocensura?”, declara a diretora do Goethe-Institut Porto Alegre, Marina Ludemann.

A programação do simpósio inicia na quinta, 11 de julho, às 19h, com a palestra Panorama da liberdade artística no contexto europeu, com a curadora, pesquisadora teatral e autora no campo da arte contemporânea e performance Katalin Erdödi. Em 2019, como parte do Festival de Teatro “Impulse” na Alemanha, dirigiu a Academia Impulse sob o título “Arte sob Pressão – Teatro Independente entre Conservadorismo, Políticas de Identidade e Auto-Responsabilidade”, que focou nos desafios atuais da liberdade artística com participantes locais e internacionais, entre outros, Henrique Saidel. Eles elaboraram um manifesto, que será discutido na mesa Contra-estratégias: como reagir às crescentes restrições?.

Nesta noite também será exibida a mostra de curtas Cut it Out – Filmes contra a Censura, na qual realizadores de 20 países produziram curtas de 45 segundos sobre a temática da censura.

Na sexta-feira, a partir das 10h, o simpósio promove três mesas: Liberdade da arte em tempos de conservadorismo, com Ana Luiza Azevedo (RS), Laymert Garcia dos Santos (SP), Ulisses Carrilho (RJ) e Sônia Sobral (SP); A arte pode tudo? Crítica da representação do ponto de vista anti-racista e feminista, com Valéria Houston (RS) Francisco Mallmann (PR) e Negra Jaque (RS) e Contra-estratégias: como reagir às crescentes restrições?, com Henrique Saidel (RS), Ricardo Muniz (SP) e Katalin Erdödi (Austria). Os debates serão mediados pelo jornalista Roger Lerina, o encenador Thiago Pirajira e o também jornalista Newton Silva.

O projeto se desdobra em uma intervenção apresentada no muro do Instituto pelos artistas Klaus Staeck, Rafael Correa e Aline Daka, que segue exposta até 15 de julho. Todas as atividades têm entrada franca, com distribuição de senhas 30 minutos antes de cada atividade mediante a lotação do auditório.

 

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 11 de julho

19 às 21h

Panorama da liberdade artística no contexto europeu

Katalin Erdödi (Austria)

Katalin Erdödi (Áustria)

Katalin Erdődi é curadora, pesquisadora teatral e autora no campo da arte contemporânea e da performance. Seus focos são cooperação transdisciplinar, estratégias artísticas e curatoriais politicamente engajadas, bem como performance experimental. Em 2019, como parte do Festival de Teatro “Impulse” na Alemanha, dirigiu a Academia Impulse sob o título “Arte sob Pressão – Teatro Independente entre Conservadorismo, Políticas de Identidade e Auto-Responsabilidade”, que focou nos desafios atuais da liberdade artística com participantes locais e internacionais.

Erdődi é membro do Conselho de Curadores de Teatro, Dança e Performance da Cidade de Viena desde 2019. Anteriormente, ela foi curadora de instituições e festivais como entre outros do festival “steirischer herbst” (Graz), brut/imagetanz (Viena), da GfZK – Galeria de Arte Contemporânea (Leipzig), do Museu Ludwig – Museu de Arte Contemporânea (Budapeste) e da Trafó House of Contemporary Arts (Budapeste). Como curadora independente, ela iniciou e co-curou vários festivais, projetos e séries de programas. Por exemplo, o “PLACCC Festival”, um festival internacional de performance e arte no espaço público (Budapeste), a série “Body Moving” para a dança contemporânea no espaço urbano (Budapeste), bem como a série experimental de música e performance “DerBlödeDritteMittwoch” (Viena). Além de seu trabalho curatorial, Erdődi também trabalha como pesquisadora / outside eye com artistas performáticos como Gin Müller, Oleg Soulimenko, Sööt / Zeyringer e Doris Uhlich. Como escritora e editora, escreve para várias revistas de arte e revistas, entre outros tranzitblog, Mezosfera, Színház (Theater), etcetera – Performing Arts Magazine e Bildpunkt.

 

 

Sexta-feira, 12 de julho

10 às 12h

Liberdade da arte em tempos de conservadorismo

Ana Luiza Azevedo (RS)

Laymert Garcia dos Santos (SP)

Ulisses Carrilho (RJ)

Sônia Sobral (SP)

Mediação: Roger Lerina (RS)

 

Ana Luiza Azevedo (RS)

Ana Luiza Nunes Azevedo nasceu na cidade de Porto Alegre, no Brasil. Formou-se em Artes Plásticas pela UFRGS, em 1986, e foi uma das pioneiras da Casa de Cinema de Porto Alegre. Atualmente é uma das responsáveis pelo Núcleo de Criação de Textos para TV e Cinema da Casa de Cinema de Porto Alegre. Está desenvolvendo os roteiros da série O HARÉM e trabalha também em seu novo projeto de longa-metragem AOS OLHOS DE ERNESTO, em fase de pós-produção.

Laymert Garcia dos Santos (SP)

Professor titular do departamento de Sociologia/IFCH da Universidade Estadual de Campinas, foi conselheiro do CNPC do Ministério da Cultura e Diretor da Fundação Bienal de São Paulo. Sua atuação tem ênfase na Sociologia da Tecnologia e na Arte Contemporânea, principalmente em temas como tecnologia, biotecnologia, arte contemporânea, política e Brasil.

Ulisses Carrilho (RJ)             

Ulisses Carrilho (Porto Alegre, 1990) é curador da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e ex-aluno da mesma escola. Pós-graduado em Economia da Cultura (UFRGS), estudou Comunicação Social (PUCRS) e Letras – Português/Francês (UFRGS). Integrou a equipe de relacionamento institucional da Fundação Bienal do Mercosul (Porto Alegre) e da galeria Rolando Anselmi (Berlim, Alemanha). Na equipe da curadora Luiza Proença, editou as publicações da 9ª Bienal do Mercosul. Contribuiu com textos para o catálogo da 32ª Bienal de São Paulo, além de revistas e periódicos de arte.

Sônia Sobral (SP)

Curadora de dança do CCSP. Sonia Sobral foi gerente do núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural. Estudou no Ballet Stagium. Sua experiência como aluna e organizadora desta Ocupação está escrita no texto Um Balé Brasileiro, parte do catálogo da mostra.

 

14 às 16h

A arte pode tudo? Crítica da representação do ponto de vista anti-racista e feminista

Valéria Houston (RS)

Francisco Mallmann (PR)

Negra Jaque (RS)

Mediação: Thiago Pirajira (RS)

Valéria Houston (RS)

A cantora Valéria Houston Barcellos nasceu Rodrigo Samuel Barcellos em Santo Ângelo, RS, no dia 17 de dezembro de 1979. Inicia na carreira artística na adolescência, se apresentando em bares no interior do estado. Aos 20 anos torna-se crooner da “Balança Brasil”. Em 2005, vence o concurso de rainha gay do carnaval da cidade de Santo Ângelo e adota o nome Valéria Houston. Na mesma época passa a viver em Porto Alegre. Valéria é uma referência artística no meio LGBTT e fora dele.

Francisco Mallmann (PR)

Francisco Mallmann é graduado em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e mestre em Filosofia (PUCPR). É artista residente na Selvática Ações Artísticas e atua na intersecção entre poesia, performance, dramaturgia e crítica de arte. É idealizador e editor do Bocas Malditas – cena, crítica e outros diálogos. Foi responsável pelas atividades críticas do Festival Internacional Ruído EnCena, integra os Encontros Críticos do Festival de Teatro de Curitiba, é crítico do projeto 20min.mov, crítico convidado da Mostra Novos Repertórios e desenvolve inúmeras criações de contextos circunstanciais para o desenvolvimento de textualidades de/em/sobre arte.

Negra Jaque (RS)

Em 2013, quando foi consagrada a primeira mulher a vencer a Batalha do Mercado, Negra Jaque deu início a carreira com a gravação do primeiro EP “SOU”.

A artista é moradora do Morro da Cruz (periferia de Porto Alegre), ativista do movimento negro e movimento feminista. Como mulher negra leva a bandeira em todas as comunidades por onde passa, não só com as suas rimas, mas também com a sua história dentro do Hip-Hop. Negra Jaque é também produtora da Feira de Hip-Hop de Porto Alegre.

 

16:30 às 18:30

Contra-estratégias: como reagir às crescentes restrições?

Henrique Saidel (RS)

Ricardo Muniz (SP)

Katalin Erdödi (Austria)

Mediação: Newton Silva (RS)

Ricardo Muniz (SP)

Ricardo Muniz Fernandes é produtor, curador e coeditor da n-1

Henrique Saidel (RS)

Henrique Saidel é diretor de teatro, performer, curador, professor, pesquisador e colecionador de brinquedos. É professor de direção teatral do Departamento de Arte Dramática da UFRGS. Graduado em Direção Teatral pela Faculdade de Artes do Paraná, é mestre em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina e doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. É editor do blog de crítica “Qorpo Qrítico – teatro e outras cenas”, ligado ao Jornal da UFRGS. Pesquisa processos de criação baseados na ironia, metalinguagem, cópia, cover e duplos, questionando dualismos como original/cópia, verdadeiro/falso, natural/artificial, sujeito/objeto, vivo/inanimado, presença/ausência, bom gosto/mau gosto. Fake, simulacro, kitsch, pornografia, masculinidades não-normativas, antropofagia e política são algumas palavras-chave do seu trabalho artístico.

Katalin Erdödi (Austria)

 

SERVIÇO:

Simpósio Cuidado, Arte! 

Data: 11 e 12 de julho

Local: Goethe-Institut Porto Alegre (24 de Outubro, 112)

Entrada franca. Distribuição de senhas 30 minutos antes de cada atividade. Lugares limitados.

Mais informações: http://bit.ly/simposiocuidadoarte

Programação completa do Goethe-Institut para os meses de julho e agosto: https://issuu.com/goethepoa/docs/jul_ago_2

 

Goethe-Institut e Aliança Francesa Porto Alegre promovem mostra sobre movimentos sociais e insurgências populares na Cinemateca Capitólio Petrobras

Uma Juventude Alemã

 Insurreição ocorre de 18 a 27 de junho e traz em sua programação filmes e debates sobre as relações entre os movimentos estudantis da década de 1960 e os protestos atuais

 

No exato momento em que as ruas do Brasil voltam a ser palco de grandes manifestações políticas, o Goethe-Institut e a Aliança Francesa Porto Alegre promovem de 18 a 27 de junho na Cinemateca Capitólio Petrobras, a mostra Insurreição, que conta com 17 filmes e três mesas de debate sobre as relações entre os movimentos sociais protagonizados por estudantes nas décadas de 1960 e 1970, em particular na Alemanha e na França, e as atuais formas de insurreição popular e desobediência civil.

Os 50 anos das revoltas estudantis de Maio de 1968, celebrados em 2018, a passagem do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim e das revoltas estudantis na Praça da Paz Celestial de Pequim, ou ainda os 50 anos do levante de Stonewall, em Nova York, marco da luta pelos direitos da comunidade LGBT (todos comemorados em 2019), são acontecimentos que estimularam os organizadores a propor uma reflexão sobre a permanência dos movimentos de insurreição na sociedade contemporânea. Para tanto, o crítico e pesquisador de cinema Marcus Mello, curador da mostra, elegeu como ponto de partida o filme Uma Juventude Alemã, de Jean-Gabriel Périot, uma co-produção entre Alemanha e França que estreou na seção Panorama do Festival de Cinema de Berlim em 2015 e permanece inédita no Brasil.

Neste documentário, o diretor resgata, através de um riquíssimo material de arquivo, as origens estudantis do grupo Baader-Meinhof e suas relações com o movimento dos estudantes franceses que tomaram as ruas em maio de 1968, refletindo sobre os seus distintos desdobramentos históricos e sua repercussão internacional.

Através de uma seleção de filmes clássicos e outros de produção recente, Insurreição busca relacionar esses movimentos de revolta iniciados na Europa no final da década de 60 e ver como eles ainda reverberam nos dias de hoje, em particular com as ocupações de escolas por estudantes secundaristas no Brasil, reconhecido como um dos mais relevantes e inspiradores gestos de desobediência civil no cenário político atual. “Junte-se a isso outras manifestações recentes, como as ocupações urbanas protagonizadas pelo MTST, ou de grupos feministas radicais, como o ucraniano Femen, e teremos um atestado revelador de que os tempos atuais estão longe de poderem ser classificados como conformistas, existindo uma chama persistente de insatisfação e revolta na sociedade civil”, declara Mello.

Entre os destaques da programação, está a primeira exibição na cidade do documentário Espero Tua (Re)Volta, de Eliza Capai, sobre o movimento de ocupação das escolas em São Paulo, que ganhou o prêmio da Anistia Internacional no último Festival de Berlim. A diretora e a jovem ativista Marcela Jesus, uma das protagonistas do filme, estarão presentes na abertura da mostra, no dia 18, para sessão seguida de debate ao lado de Cacá Nazário, diretor do curta Secundas, que retrata o movimento de ocupações escolares em Porto Alegre.

Já controversa atuação do grupo terrorista Baader-Meinhof e suas repercussões na história recente da Alemanha está representada por um bloco de cinco filmes que trazem a visão de diretores alemães de diferentes gerações sobre as ações do grupo, também conhecido como Fração do Exército Vermelho: A Terceira Geração (1979), de Rainer Werner Fassbinder, Os Anos de Chumbo (1981), de Margarethe von Trotta, A Segurança Interna (2000), de Christian Petzold, e As Consequências do Crime (2015), de Julia Albrecht e Dagmar Gallenmüller, além de Alemanha no Outono (1978), produção coletiva assinada por dez diretores (Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Hans Peter Cloos, Alexander Kluge, Maximiliane Mainka, Edgar Reitz, Katja Rupé, Volker Schlöndorff, Peter Schubert e Bernhard Sinkel), considerado um dos clássicos do cinema político alemão.

A programação inclui ainda produções inéditas no Brasil, como os documentários Morrer aos 30 Anos, de Romain Goupil (sobre Maio de 1968 e suas consequências), e A Assembleia, de Mariana Otero (sobre o movimento de organização social Nuit Debout, que eclodiu na França em 2016). Já a resistência dos movimentos em prol dos direitos homossexuais, está representada pela exibição de 120 Batimentos por Minuto, emocionante drama de ficção que resgata a história dos ativistas do Act Up na França, à época da eclosão da epidemia da Aids. Também da França vem a obra-prima Zero de Conduta (1933), de Jean Vigo, que mostra a ocupação de uma escola por alunos revoltados com a tirania de seus professores, na década de 1930 do século passado.

Ao lado do inédito Espero Tua (Re)Volta, os recentes movimentos de resistência e desobediência civil no Brasil estão representados por uma seleção de títulos que retratam desde as revoltas dos estudantes secundaristas, como Escolas em Luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli, e Rasga Coração, de Jorge Furtado, a mobilização dos trabalhadores sem teto (O Teto Sobre Nós, de Bruno Carboni, e Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé), e as grandes  manifestações de junho de 2013 (Operações de Garantia da Lei e da Ordem, de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos).

A mostra também conta com três debates. O primeiro deles, na abertura da mostra em 18 de junho, reúne os diretores Eliza Capai e Cacá Nazário e a ativista Marcela Jesus. Já no dia 24, às 19h, o diretor Jorge Furtado debate o seu filme Rasga Coração, ao lado da cientista política Céli Pinto, no Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre. Finalmente, no dia 27 de junho, a cineasta Liliana Sulzbach e a cientista política Silvana Krause, discutem o documentário Uma Juventude Alemã, no encerramento da mostra, na Cinemateca Capitólio Petrobras, às 19h30.

Os ingressos custam R$ 10,00 para as sessões na Cinemateca Capitólio Petrobras, com bilheteria aberta 30 minutos antes das sessões. A Cinemateca Capitólio Petrobras fica na Rua Demétrio Ribeiro 1085 – Esq. com Borges de Medeiros. A sessão de Rasga Coração no auditório do Goethe-Institut Porto Alegre tem entrada franca e distribuição de senhas uma hora antes da sessão.

 

FILMES DA PROGRAMAÇÃO

Uma Juventude Alemã (Une Jeunesse Allemande), de Jean-Gabriel Périot (França/Suíça/Alemanha, 2015, documentário, 93 minutos).

No final da década de 1960, a geração do pós-guerra alemão, desiludida pelo capitalismo anticomunista, se revoltava. O protesto contra o Estado levou à fundação da Fração do Exército Vermelho (RAF). O documentário de Jean-Gabriel Périot descreve, sem comentários, a transformação gradual e a crescente politização da era RAF, das suas origens estudantis até chegar à resistência armada, comparando o movimento dos estudantes alemães e seus desdobramentos com o movimento de Maio de 1968 na França. Exibição em HD.

 

Espero Tua (Re)Volta, de Eliza Capai (Brasil, 2019, documentário, 90 minutos).

Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. O documentário de Eliza Capai acompanha as lutas estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, o filme é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e evidenciando sua complexidade. Ainda inédito nos cinemas, o filme de Eliza Capai ganha sua primeira exibição em Porto Alegre. Prêmio da Anistia Internacional no último Festival de Berlim. Exibição em DCP.

 

Alemanha no Outono (Deutschland im Herbst), de Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Hans Peter Cloos, Alexander Kluge, Maximiliane Mainka, Edgar Reitz, Katja Rupé, Volker Schlöndorff , Peter Schubert e Bernhard Sinkel (Alemanha, 1978, 123 minutos).

Filme formado por diferentes episódios, assinados por um grupo de diretores que inclui alguns dos nomes mais importantes do cinema alemão do pós-guerra, como Alexander Kluge, Rainer Wener Fassbinder, Edgar Reitz, Volker Schlöndorff e Hans Peter Cloos. O filme cobre o período de dois meses no ano de 1977, quando um empresário foi raptado e posteriormente morto pela Fração do Exército Vermelho, grupo terrorista de esquerda cujas ações convulsionaram a opinião pública alemã na década de 1970. Após essa operação frustrada, três líderes do movimento, Andreas Baader, Gudrun Ersslin e Jean-Carl Rasper, teriam cometido suicídio na prisão de Stammheim. O filme inclui raras imagens do funeral de Baader, Ersslin e Rasper, e a participação de intelectuais como os escritores Heinrich Böll e Max Frisch e dos cineastas Margarethe von Trotta, Rainer Werner Fassbinder e Volker Schlöndorff. Exibição em HD.

 

A Terceira Geração (Die Dritte Generation), de Rainer Werner Fassbinder. Com Margit Carstensen, Hanna Schygulla, Eddie Constantine, Bulle Ogier, Udo Kier e Hark Bohm (Alemanha, 1979, 111 minutos).

Uma comédia de humor negro sobre as atrapalhadas ações de um grupo de terroristas clandestinos. Polêmica visão de Fassbinder em relação à atuação da Fração do Exército Vermelho na Alemanha, o filme provocou reações extremas na época de seu lançamento, incluindo o espancamento de um projecionista em Hamburgo e a invasão de um grupo de jovens a um cinema em Frankfurt, que tentaram destruir a sua cópia com ácido. Condenado a um longo período de invisibilidade, e ofuscado pelo sucesso de outras produções do prolífico diretor Fassbinder, este filme debochado e anárquico somente seria redescoberto em meados dos anos 2000, quando reestreou nos cinemas alemães e pode ter suas virtudes finalmente reconhecidas. Exibição em HD.

 

Os Anos de Chumbo (Die Bleierne Zeit), de Margarethe von Trotta. Com Jutta Lampe, Barbara Sukowa, Rüdiger Vogler e Luc Bondy (Alemanha, 1981, 106 minutos).

Filhas de um rígido pastor protestante, as irmãs Juliane (Jutta Lampe) e Marianne (Barbara Sukowa) se afastam da severidade religiosa de seu ambiente familiar para militarem na luta pelos direitos das mulheres. Enquanto Juliane se torna uma jornalista engajada, sua irmã passa a integrar uma organização terrorista. Quando Marianne é presa, Juliane decide ajudar a irmã, apesar das diferenças de opinião que ambas têm em relação aos limites de seu comprometimento político. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, onde conquistou também o prêmio de melhor atriz para Jutta Lampe e Barbara Sukowa, este impactante drama de Margarethe von Trotta foi incluído pelo diretor sueco Ingmar Bergman na lista de seus filmes favoritos. Exibição em HD.

 

A Segurança Interna (Die Innere Sicherheit), de Christian Petzold. Com Julia Hummer, Barbara Auer, Richy Müller, Bilge Bingül e Bernd Tauber (Alemanha, 2000, 106 minutos).

Um casal de ex-terroristas alemães vive na clandestinidade em Portugal, na companhia de sua rebelde filha adolescente. Com roteiro co-assinado por Harun Farocki, foi o filme que revelou o cineasta Christian Petzold, um dos grandes nomes do cinema alemão contemporâneo, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros com Em Trânsito. Vencedor do troféu de melhor filme do ano no Deutscher Filmpreis, a principal premiação do cinema alemão. Exibição em HD.

 

As Consequências do Crime (Die Folgen der Tat), de Julia Albrecht e Dagmar Gallenmüller (Alemanha, 2015, documentário, 80 minutos).

Após 37 anos do assassinato de Jürgen Ponto, diretor do Dresdner Bank, por um grupo terrorista, as diretoras Julia Albrecht e Dagmar Gallenmüller investiga o envolvimento de sua irmã Susanne Albrecht neste crime, que provocou traumas profundos tanto entre os familiares de Ponto quanto na sua própria família. Um documentário corajoso e altamente pessoal, que investiga os efeitos de fatos históricos recentes na vida de indivíduos comuns. Exibição em HD.

 

Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé. Com Carmen Silva, Isam Ahmad Issa, Suely Franco, José Dumont e Gabriel Tonin (Brasil, 2016, 93 minutos).

No centro de São Paulo, o prédio do antigo Hotel Cambridge é ocupado por trabalhadores sem moradia. Através de uma hábil combinação entre documentário e ficção, a diretora Eliane Caffé produz um contundente retrato sobre os movimentos de ocupação dos trabalhadores sem-teto, o MTST, no Brasil, descrevendo sua organização e seus embates contra o Estado. Exibição em DCP.

 

Operações de Garantia da Lei e da Ordem, de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos (Brasil, 2017, documentário, 83 minutos).

As manifestações que ocorreram no Brasil entre junho de 2013 e julho de 2014 estão no centro do documentário de Julia Murat e Miguel Antunes Ramos, que trabalha exclusivamente com material de arquivo. A abordagem tradicionalista dos grandes meios de comunicação e a cobertura alternativa das mídias independentes são comparadas e exploradas, evidenciando as suas diferenças e a posição do observador e do observado em cada uma delas. Ao propor um olhar sobre reportagens de televisão, materiais gravados por jornalistas e cineastas que acompanharam as manifestações e mídias alternativas (como a cobertura do coletivo Mídia Ninja), a dupla de diretores busca encontrar as relações internas às imagens, apresentando esses documentos produzidos no calor da hora sem hierarquização entre as diferentes fontes. Um filme de arquivo tenso e urgente, no qual a edição provoca novas relações entre imagem e discurso. Exibição em DCP.

 

Escolas em Luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli (Brasil, 2017, documentário, 77 minutos).

Em São Paulo, alunos secundaristas reagem ao decreto oficial que determina o fechamento de 94 escolas da rede pública e a realocação dos alunos. A resposta estudantil surpreende. Em poucos dias, por meio de redes sociais e aplicativos, eles organizam uma reação em uma verdadeira Primavera Secundarista – algo completamente inédito no país –, ocupando 241 escolas e saindo às ruas para protestar. O estado decreta guerra aos estudantes. Exibição em DCP.

 

Zero de Conduta (Zéro de Conduite), de Jean Vigo. Com Jean Dasté, Robert le Flon, Louis Lefebvre, Delphin e Gilbert Prouchon (França, 1933, 47 minutos).

Um grupo de estudantes ocupa sua escola para protestar contra a tirania de seus professores. Clássico de Jean Vigo realizado na década de 30, este média-metragem é considerado uma autêntica celebração da revolta e da insubordinação, e durante anos esteve proibido na França. Um filme maldito, de um diretor maldito, que somente teria seu talento reconhecido após a sua morte. Exibição em HD.

 

Morrer aos 30 Anos (Mourir à 30 Ans), de Romain Goupil (França, 1982, documentário, 95 minutos).

Após o suicídio de seu amigo Michel Récanati, o cineasta Romain Goupil se interroga a respeito de seu passando militante na extrema esquerda da CAL (Comités d’Action Lycéens). Ele insere em meio a imagens de assembleias gerais e manifestações em torno de 1968, documentos íntimos e depoimentos de antigos companheiros que partilharam desse momento. Através de um documentário de tom comovedoramente pessoal, Goupil traça o retrato de uma geração. Vencedor da Caméra d’Or no Festival de Cannes em 1982. Exibição em HD.

 

A Assembleia (L’Assemblée), de Mariana Otero. França, 2017, documentário, 99 minutos.

Em 31 de março de 2016, na Praça da República em Paris, nasce o movimento Nuit Debout. Durante mais de três meses, pessoas de todos os horizontes experimentaram a invenção de uma nova forma de democracia. Como falar juntos sem falar de uma só voz? Eis a pergunta colocada pelo movimento, ao qual a diretora Mariana Otero procura dar voz, neste documentário inédito nos cinemas brasileiros. Exibição em HD.

 

120 Batimentos por Minuto (120 Battements par Minute), de Robin Campillo. Com Nahuel Pérez Biscayart, Arnaud Valois, Adèle Haenel e Antoine Reinartz (França, 2017, 143 minutos).

A organização dos movimentos LGBT na França no começo da década de 80, a fim de garantir aos portadores do vírus da Aids tratamento de saúde digno e recursos para as pesquisas na área médica. Grande Prêmio do Júri e vencedor da Queer Palm no Festival de Cannes de 2017. Exibição em DCP.

 

Rasga Coração, de Jorge Furtado. Com Marco Ricca, Drica Moraes, Chay Suede, George Sauma, João Pedro Zappa e Luisa Arraes (Brasil, 2018, 113 minutos).

Após 40 anos de militância, Manguary Pistolão (Marco Ricca) vê o filho (Chay Suede) acusá-lo de ser um conservador, revivendo o mesmo conflito que teve com seu pai (Nelson Diniz) na juventude. Elogiada adaptação de Jorge Furtado para o texto de Oduvaldo Vianna Filho, um clássico da dramaturgia brasileira. Sessão única no Auditório do Goethe-Institut, seguida de debate com o diretor Jorge Furtado e a professora e cientista política Céli Pinto. Exibição em HD.

 

Secundas, de Cacá Nazário (Brasil, 2017, documentário, 20 minutos).

“Uma fagulha pode incendiar uma pradaria”. O conhecido provérbio chinês ilustra a dimensão tomada pelo movimento de ocupação das escolas brasileiras pelos estudantes secundaristas, que se alastrou pelo Brasil em 2016. O empolgante documentário de Cacá Nazário acompanha as repercussões e desdobramentos da ação política desses jovens estudantes nas escolas de Porto Alegre. Prêmio de melhor curta-metragem gaúcho no Festival de Gramado em 2017. Exibição em DCP.

 

O Teto Sobre Nós, de Bruno Carboni. Com Cosme RodriguesFrancisco GickSilvana Rodrigues (Brasil, 2015, 22 minutos).

Ocupantes de um prédio abandonado recebem a notícia de que podem ser despejados a qualquer momento. Enquanto Anna tenta lidar com a notícia, ela se depara com um misterioso homem deitado em sua cama. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado em 2015. Exibição em DCP.

 

 

GRADE DE HORÁRIOS

18 a 27 de junho de 2019 

 

18 de junho (terça-feira)

16:00 – O Teto Sobre Nós + Era o Hotel Cambridge

18:00 – Zero de Conduta

19:00 – Secundas + Espero Tua (Re)Volta, sessão seguida de debate com os diretores Cacá Nazário e Eliza Capai e a ativista Marcela Jesus

 

19 de junho (quarta-feira)

16:00 – As Consequências do Crime

18:00 – Os Anos de Chumbo

20:00 – Morrer aos 30 Anos

 

20 de junho (quinta-feira)

16:00 – Operações de Garantia da Lei e da Ordem

18:00 – 120 Batimentos por Minuto

20:30 – Uma Juventude Alemã

 

21 de junho (sexta-feira)

16:00 – A Segurança Interna

18:00 – A Assembleia

20:00 – Secundas + Escolas em Luta

 

22 de junho (sábado)

16:00 – Morrer aos 30 Anos

18:00 – Os Anos de Chumbo

20:00 – A Terceira Geração

 

23 de junho (domingo)

16:00 – Uma Juventude Alemã

18:00 – O Teto Sobre Nós + Era o Hotel Cambridge

20:00 – Alemanha no Outono

 

24 de junho (segunda-feira)

19:00 – Rasga Coração, sessão seguida de debate com o cineasta Jorge Furtado e a professora e cientista política Céli Pinto, no Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre – ENTRADA FRANCA

 

25 de junho (terça-feira)

16:00 – Morrer aos 30 Anos

18:00 – A Segurança Interna

20:00 – Secundas + Escolas em Luta

 

26 de junho (quarta-feira)

16:00 – Os Anos de Chumbo

18:00 – A Assembleia

20:00 – Secundas + Zero de Conduta

 

27 de junho (quinta-feira)

16:00 – As Consequências do Crime

18:00 – Operações de Garantia da Lei e da Ordem

19:30 – Uma Juventude Alemã, sessão seguida de debate com a cineasta Liliana Sulzbach e a cientista política Silvana Krause

 

 

MOSTRA INSURREIÇÃO

18 a 27 de junho de 2019

Cinemateca Capitólio Petrobras

(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico – Porto Alegre)

Entre os dias 18 e 27 de junho de 2019

Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)

 

Auditório do Goethe-Institut

(Rua 24 de Outubro, 112 – Independência – Porto Alegre)

Dia 24 de junho de 2019, às 19 horas

 

Exibição e debate do filme Rasga Coração, de Jorge Furtado

(entrada franca)

 

Realização:

 Goethe-Institut Porto Alegre

 Aliança Francesa de Porto Alegre

 

Co-produção Brasil-Alemanha estreia em 30 de agosto no teatro do Goethe-Institut Porto Alegre

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Pátria Estrangeira/Fremde Heimat é um projeto teatral com equipe e elenco brasileiro e alemão e que cumprirá temporada nos dois países

Porto Alegre 07 de agosto de 2018 – Estreia em 30 de agosto no teatro do Goethe-Institut Porto Alegre o espetáculo Pátria Estrangeira/Fremde Heimat, uma co-produção Brasil e Alemanha, que possui elenco e equipe brasileiro e alemão e cumprirá temporada nos dois países. A montagem, uma coprodução da ATO cia.cênica, Primeira Fila Produções e Badisches Staatstheater Karlsruhe, tem financiamento pelo Kulturstiftung des Bundes em parceria com Goethe-Institut Porto Alegre.
Pátria Estrangeira/Fremde Heimat é uma direção e pesquisa de Mirah Laline, com pesquisa e texto de Jürgen Berger, construído em colaboração com o elenco, direção e equipe criativa e direção de dramaturgia de Jan Linders. No elenco, os brasileiros Philipe Philippsen, Camila Falcão, Martina Fröhlich, Karin Salz Engel e o alemão Thomas Prenn contam a história de descendentes de alemães no Brasil, em uma docuficcção. “Foi através de um resgate documental de cada um dos atores e seus antepassados, alguns deles vindos da Alemanha, que construímos este biodrama”, conta Mirah. A partir de uma pesquisa e resgate autobiográficos durante um workshop realizado no primeiro semestre deste ano em Porto Alegre, o autor Jürgen Berger, montou a base dos textos do espetáculo. Quatro atores e músicos brasileiros contracenam com um jovem ator de Karlsruhe, Alemanha. Temas como ancestralidade, gerações, memória, pertencimento, imigração permeiam questionamentos como é possível viver duas culturas ao mesmo tempo? Seria Pátria um instrumento do colonialismo? Que semelhanças existem com a recente onda de imigração no Brasil e na Alemanha?

Vídeos e músicas – executadas ao vivo e compostas pelo elenco – são elementos muito fortes da concepção, segundo a diretora. Os ensaios iniciaram no dia 16 de julho; parte da equipe alemã chegou a Porto Alegre no dia 23. Ricardo Vivian assina o Desenho de Luz, Rodrigo Shalako o cenário, Mauricio Casiraghi, Video e Projeções e Déh Dullius os figurinos.

Em Porto Alegre Pátria Estrangeira/Fremde Heimat estará em cartaz de 30 de agosto a 09 de setembro, com apresentações às 20h de quinta-feira a sábado e às 18h aos domingos, com ingressos a R$ 40,00. As vendas antecipadas iniciam em 15 de agosto pelo site entreatosdivulga.com.br. Durante a temporada, será possível adquirir entradas no local, uma hora antes do início do espetáculo. Em Karlsruhe, o espetáculo estreia em 20 de setembro e terá apresentações nos dias 23, 29 e 30 do mesmo mês.

FICHA TÉCNICA

MIRAH LALINE | Pesquisa e Direção

JÜRGEN BERGER | Pesquisa e Texto*

PHILIPE PHILIPPSEN – CAMILA FALCÃO – MARTINA FRÖHLICH – KARIN SALZ ENGEL – THOMAS PRENN | Elenco

MAURICIO CASIRAGHI | Vídeo e Projeções

DÉH DULLIUS Figurinista

RODRIGO SHALAKO | Cenógrafo

RICARDO VIVIAN | Desenho de Luz

LUCAS DALA-LANNA Design Gráfico

JANAINA  VIANNA | Assistência de Direção

PASCAL BERTEN | Tradução

JAN LINDERS| Diretor de Dramaturgia do Badisches Staatstheater Karlsruhe

ROZE PAZ e VINICIUS MELLO | Produção Executiva

BRUNA PAULIN | Assessoria de Imprensa e Gestão de Redes Sociais

DANIELA MAZZILLI E LETICIA VIEIRA | Coordenação de Produção

PRIMEIRA FILA PRODUÇÕES | Produção Brasil

ATO. Cia cênica | Coprodução Brasil

GOETHE INSTITUT PORTO ALEGRE | Coprodução Brasil

BADISCHES STAATSTHEATER KARLSRUHE | Produção Alemanha

KULTURSTIFTUNG DES BUNDES | Financiamento

* com a colaboração do elenco, direção e equipe criativa

Festival de Artes 50 anos do Goethe-Institut Porto Alegre inicia no dia 05 de dezembro apresentando três obras inéditas

logo 50 anos

Projeto encerra a programação de aniversário da instituição com atividades gratuitas até o dia 10

O Festival de Artes 50 anos do Goethe-Institut Porto Alegre encerra a programação de aniversário da instituição com três atrações gratuitas a partir do dia 05 de dezembro. O projeto tem como objetivo estimular a experimentação, risco, criatividade e possibilidades de diálogo entre diferentes linguagens artísticas, investindo na colaboração entre artistas e trabalhando a partir de parcerias com diferentes iniciativas culturais.

O edital selecionou três projetos inéditos desenvolvidos em colaboração por artistas de pelo menos duas linguagens artísticas distintas: Corte Seco, de Ismael Caneppele e Carina Levitan, Fábrica de Calcinha, de Marina Mendo, Ricardo Pavão, Rossendo Rodrigues e Marta Felizardo e Cinema Sinergético, de Paulo Roberto de Castro, Bibiana Graeff, Priscilla Cesarino e Danilo Barros, poderão ser conferidos pelo público apresentados na Galeria Península, Goethe Institut-Porto Alegre e Cinemateca Capitólio.

A Comissão Julgadora é formada por Laymert Garcia dos Santos, Marina Ludemann e Fernanda Albuquerque, curadora do projeto. A programação inicia no dia 05, às 19h, no Goethe-Institut Porto Alegre, com Fábrica de Calcinha, uma instalação performática dos artistas Marina Mendo, Ricardo Pavão, Rossendo Rodrigues e Marta Felizardo, que cria um ambiente imersivo a partir da sonoridade urbana.

Às 20h, na Cinemateca Capitólio, Cinema Sinergético reúne o duo musical Anvil Fx (Paulo Beto e Bibiana Graeff) e a dupla de VJs Modular Dreams (Priscilla Cesarino e Danilo Barros). Juntos, eles apresentam um espetáculo multimídia que conjuga cinema, música, vídeo e performance.

No dia seguinte, o público poderá conferir a instalação performática Corte Seco na Galeria Península. Criada por Ismael Caneppele e Carina Levitan, Corte Seco conjuga elementos sonoros, leitura de textos, projeções de imagens, números musicais e performance. O trabalho parte da obra ficcional Manifesto Silêncio, escrita por Ismael Caneppele. A programação segue com entrada franca até 10 de dezembro.

O projeto 50 anos Goethe Institut é uma realização do Goethe Institut Porto Alegre, através da lei de incentivo à Cultura, com patrocínio da Sthil.

Programação Festival de Artes 50 Anos Goethe Institut-Porto Alegre

Todas as atividades têm entrada franca

Corte Seco

06, 08 e 10 de dezembro às 19h

Galeria Península (R. dos Andradas, 351 – Centro Histórico, Porto Alegre)

Um casal de artistas se transforma um no outro. Encenada por Ismael Caneppele e Carina Levitan, Corte Seco é uma instalação performática que conjuga elementos sonoros, leitura de textos, projeções de imagens, números musicais e performance. O trabalho parte da obra ficcional Manifesto Silêncio, escrita por Ismael Caneppele. Corte Seco indaga a possibilidade de aproximação de universos distintos. A aventura de imergir em uma nova regência. O trânsito para um novo corpo. Processos de desterritorialização e o encontro com o diferente, em si.

Cinema Sinergético

05 de dezembro, 20h | 06 de dezembro, 18h

Cinemateca Capitólio (R. Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre)

Cinema Sinergético reúne o duo musical Anvil Fx (Paulo Beto e Bibiana Graeff) e a dupla de VJs Modular Dreams (Priscilla Cesarino e Danilo Barros). Juntos, eles apresentam um espetáculo multimídia que conjuga cinema, música, vídeo e performance. Trata-se de uma intervenção conjunta sobre a projeção do filme mudo alemão Raskolnikov (1923), de Robert Wiene, inspirado no romance Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski. O contraste entre diferentes linguagens, tradicional e contemporâneas, e a sinergia entre som, imagem e ação contribuem para oferecer uma nova dinâmica à experiência vivenciada pelo espectador.

Fábrica de Calcinha

05, 07 e 09 de dezembro – 19h

Goethe-Institut Porto Alegre (Av. 24 de outubro, 112 – Independência, Porto Alegre)

A instalação performática Fábrica de Calcinha, dos artistas Marina Mendo, Ricardo Pavão, Rossendo Rodrigues e Marta Felizardo, cria um ambiente imersivo a partir da sonoridade urbana. O projeto parte de uma pesquisa sobre a paisagem sonora do centro de Porto Alegre, em especial, o canto de sobrevivência dos vendedores ambulantes, que oferecem de tudo: calcinha, corte de cabelo, morango, ouro e até previsões para o futuro. O arquivo sonoro construído pelo grupo é manipulado e colocado em relação pelos artistas, a partir de dispositivos como sampler, pedal de efeitos, amplificadores e microfones, além de objetos luminosos que compõem uma arquitetura de luz.

Saiba Mais

Atuante em todo o mundo, o Goethe-Institut é o Instituto Cultural da República Federal da Alemanha. Sua missão é promover o conhecimento da língua alemã no exterior e estimular a cooperação cultural dos mais diversos países com a Alemanha. No Brasil, como em outras localidades, sua rede de institutos e espaços culturais assume um papel central no âmbito da política cultural e educacional da Alemanha no exterior, ao mesmo tempo em que estabelece cooperações regulares com instituições culturais locais, privadas e públicas, municípios, instâncias estaduais e empresas.

No caso de Porto Alegre, o Goethe-Institut insere-se em um contexto particular, amplamente marcado pela imigração de países europeus e, em especial, da Alemanha. Assim, para além de suas atividades voltadas ao ensino e à difusão da cultura alemã, assume uma função primordial no fomento do diálogo e intercâmbio entre o Brasil e a Europa.

Ao completar 50 anos de intensa atuação na comunidade de Porto Alegre, o Goethe-Institut reafirma seu papel no estímulo à criação e experimentação artística e no diálogo com diferentes setores e agentes da cultura, trabalhando a partir de linguagens variadas, do teatro às artes visuais, e investindo em uma programação que reforça o seu compromisso de atuar para além dos muros da instituição. O diálogo entre diferentes linguagens artísticas, a colaboração e o esforço de descentralização são as marcas da programação de comemoração dos 50 anos do Goethe Porto Alegre.

Cine Esquema Novo Expandido apresenta em Porto Alegre e no Rio de Janeiro seleção exclusiva da seção Forum / Forum Expanded do Festival de Berlim

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A “programação mais ousada da Berlinale” ganha uma semana dedicada a alguns dos seus principais filmes e videoinstalações exibidos na edição deste ano do festival alemão

 

As cidades de Porto Alegre e Rio de Janeiro recebem em novembro a edição de 2015 do Cine Esquema Novo Expandido – a mostra especial do festival Cine Esquema Novo que, intercalada a cada ano com sua versão principal e competitiva, oferece ao público um recorte mais específico das relações entre o cinema autoral e a videoarte no Brasil e no mundo.

O Cine Esquema Novo Expandido – Berlinale Forum 2015 apresenta, entre 03 e 08 de novembro em Porto Alegre e entre 19 a 25 do mesmo mês no Rio de Janeiro – integrando a programação da Semana dos Realizadores – uma curadoria de obras exibidas no mês de fevereiro na seção Forum / Forum Expanded: oficialmente, “a programação mais ousada do Festival de Cinema de Berlim”. O Forum surgiu nos anos 1970, enquanto contraponto cultural e narrativo à competição mainstream da Berlinale.

Os filmes do Fórum equilibram-se sempre na fértil linha que perpassa a arte e o cinema – explorando, segundo seus curadores alemães, “o Avant Garde, as obras experimentais, os ensaios, as observações de longo prazo, a reportagem política e as paisagens cinematográficas que ainda estão por ser descobertas”. Trata-se de uma missão de referência no panorama audiovisual global, e que tornou-se ainda mais aguda a partir de 2006 com a implementação do Forum Expanded – o programa que ocupa diversos espaços da cidade de Berlim com filmes, vídeos, instalações e trabalhos de performance, “fornecendo uma perspectiva crítica e um sentido expandido para a cinematografia”.

E é sobre este universo que os curadores convidados e sócios do CEN, Gustavo Spolidoro e Jaqueline Beltrame, trabalharam para montar a programação que chega às duas cidades brasileiras com entrada gratuita. Entre os artistas / realizadores selecionados para o Cine Esquema Novo Expandido – Berlinale Forum 2015 estão nomes como os canadenses Guy Maddin e Evan Johnson (“The Forbidden Room”, exibido nos festivais de Sundance, Copenhagen, Barcelona e Istambul), a israelense Silvina Landsmann (com o documentário político “Hotline”), o mexicano Joshua Gil (discípulo de Patricio Guzmán e Carlos Reygadas, que lhe ajudou na fase final de “La Maldad” que o CEN exibe nesta edição), o libanês Akram Zaatari (com o impressionante ensaio visual “Twenty-Eight Nights and a Poem” que estreia este mês no MoMA em Nova York) e os portugueses João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (com “Iec Long”, onde voltam a explorar o imaginário industrial da Macau, na Ásia). Completam a programação, entre filmes e videoinstalações, obras de Basma Alsharif (Palestina, “A Field Guide to the Ferns”), Janina Herhoffer (Alemanha, “Freie Zeiten – After Work”) e os brasileiros Felipe Bragança (“Escape From My Eyes”), Filipe Matzembacher e Márcio Reolon (“Beira Mar”), Fred Benevides (“Viventes”) e Arthur Tuoto (ganhador da Competição Brasil do Cine Esquema Novo 2014 com o filme-ensaio “Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças” e que participa do CEN-E com o video loop exibido em Berlim “Je Proclame la Destruction”).

Para Jaqueline e Spolidoro, esta é uma seleção marcada por um olhar artístico que percorre caminhos pouco explorados. “São trabalhos que transitam entre espaços e plataformas, seja na sala de cinema ou na galeria, apresentando uma liberdade formal e narrativa aberta a radicalismos, estranhamentos e ebulição social”.

O Cine Esquema Novo Expandido – Berlinale Forum 2015 é uma realização da ACENDI – Associação Cine Esquema Novo de Desenvolvimento da Imagem, com correalização da Prefeitura de Porto Alegre – Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal de Cultura e Goethe-Institut Porto Alegre. Programação e locais em breve, no site: www.cineesquemanovo.org.

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