
Com patrocínio do Santander, primeira temporada do Farol.live contará com 20 performances ao vivo e atividades formativas;
Nos dias 17 e 31 de janeiro o público poderá conferir as performances de M Takara, Carla Boregas e Dimitre Lima e Henrique Roscoe
As atividades integram a programação do Festival Kino Beat
A programação de 2023 do Farol.live inicia nesta terça, 17 de janeiro, no Cine Farol Santander, no Farol Santander Porto Alegre com a apresentação de Espírito, uma colaboração de M Takara, Carla Boregas e Dimitre Lima. O projeto produzido pelo festival Kino Beat e Cuco Produções é um espaço de incentivo à criação e experimentação em diversas linguagens e tecnologias, suas intersecções e desdobramentos. A programação conta com variadas imersões artísticas envolvendo nomes da cena cultural brasileira, apostando no cruzamento de música, artes visuais, artes cênicas, audiovisual e tudo mais que couber no imaginário de cada artista envolvido. O público poderá conferir uma segunda performance no dia 31, intitulada Degelo, ambas integrando a programação do 8 Festival Kino Beat.
Espírito é uma colaboração entre a dupla de músicos M Takara e Carla Boregas e o artista e programador Dimitre Lima. “A ideia é criar uma peça inspirada nos percursos das águas subterrâneas canalizadas na região do Anhangabaú, seus momentos de transbordamento e alagamento, e o retorno caótico dessas águas para a natureza”, diz Boregas sobre a obra que traz uma reflexão sobre o conflito entre o urbano e o meio ambiente.
Maurício Takara toca bateria e percussão com as bandas Hurtmold, RAKTA e São Paulo Underground (com o trompetista Rob Mazurek). Takara também é muito ativo na cena de improvisação e música experimental de São Paulo. Em seu trabalho solo usa a bateria e a percussão em conexão com sintetizadores e efeitos eletrônicos, explorando o lado mais abstrato e melódico dos ritmos e dos sons percussivos. Carla Boregas é uma artista que trabalha com som explorando sintetizadores analógicos e digitais, baixo elétrico, gravação de campo e sons acústicos com ênfase em textura, repetição e sensorialidade. Criando atmosferas imersivas e também paisagens sonoras expansivas, tanto em seu trabalho solo quanto em colaboração com outros artistas. Ela também é metade do FRONTE VIOLETA, uma dupla transdisciplinar que investiga o som de forma multissensorial. Dimitre Lima é artista e programador. Utiliza tecnologia como ferramenta de expansão das possibilidades de expressão artística. Realizou projetos como o Poster Calendário Lunar (2011-2022), A obra VENTOAGUA na Galeria Digital do SESI-SP (2017) e o encerramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
No dia 31, é a vez de Degelo, de Henrique Roscoe, uma performance audiovisual sobre o aquecimento global, executada a partir de um instrumento criado pelo artista. A performance aborda a forma predatória que o ser humano tem tratado o planeta e um dos seus consequentes resultados – o derretimento das calotas polares. Durante aproximadamente 30 minutos, a apresentação intercala momentos de tensão com outros em que uma aparente calma é apenas um suspiro antes que novas fraturas voltem a acontecer. Executada a partir de um instrumento criado pelo artista, que consiste em um bloco de isopor com 2 microfones (piezos) embutidos, onde o som captado é modulado por efeitos e gera padrões rítmicos intensos que transmitem a ideia de tensão, que permeia toda a apresentação. O instrumento é tocado arrancando-se partes dele até que sobrem apenas pequenos pedaços. Uma câmera capta os movimentos das mãos na chapa de isopor, e uma programação aciona trechos curtos gravados ao longo da performance, criando representações sonoras e visuais da fragmentação de geleiras.
Henrique Roscoe é artista digital, músico e curador. Trabalha na área audiovisual desde 2004. É graduado em Comunicação social pela UFMG e Engenharia Eletrônica pela PUC/MG e tem especialização em Design pela FUMEC. No início de 2008 iniciou um novo projeto audiovisual conceitual e generativo chamado Hol, com o qual já se apresentou nos principais festivais de imagens ao vivo no Brasil como FILE, ON_OFF, Live Cinema, Multiplicidade, KinoLounge, FAD e também no exterior, na Itália (LPM), Suíça (Mapping Festival) e Bolívia (Dialectos Digitales). Participou de festivais de vídeo em vários países como Alemanha, França, Espanha, Holanda e EUA com documentações de suas composições.
Com curadoria de Gabriel Cevallos, fundador e curador do Kino Beat Festival, as apresentações serão desenvolvidas de forma inédita ou em adaptações pensadas especificamente para o espaço, explorando os recursos e limitações da sala enquanto dispositivo criativo. Ao longo de 10 meses, o público poderá conferir 20 performances da primeira edição reunindo artistas de diferentes vertentes, com projetos comissionados ou adaptados que serão gravados ao vivo na sala e difundidos pelos canais do projeto.
Além das performances, atividades formativas gratuitas também serão promovidas como oficinas, palestras, vivências e workshops, criados a partir de tópicos práticos e teóricos derivados das apresentações artísticas. “O corpo presente, seja na prática dos artistas envolvidos ou na fruição do público, será premissa das apresentações. O objetivo é promover e difundir a produção artística autoral do estado do RS em intercâmbio com a produção nacional”; revela o curador.
Os ingressos custam R$ 15,00 com benefícios de meia-entrada, e já estão à venda por meio da plataforma Sympla. Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto) de estudante, idosos, PNE, jovens de baixa renda, entre outros, os documentos válidos são determinados pela Lei Federal 12.933/13. Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/farol.live.poa/
Esse projeto é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio do Santander e realização da Secretaria Especial da Cultura – Ministério do Turismo – Governo Federal.
Sobre o Farol Santander Porto Alegre
Criado para relembrar o passado, marcar o presente e iluminar o futuro, o Farol Santander Porto Alegre completou três anos em março de 2022. Neste período, recebeu 11 exposições de artes visuais, em diversas temáticas, com artistas nacionais e internacionais, divididas entre os espaços do Grande Hall e do Átrio. Em 2022, o Farol Santander ampliou sua atuação cultural com concertos de música clássica e popular, além de espetáculos de dança. Participaram respectivamente a Orquestra de Câmara da ULBRA e a Cisne Negro Cia. de Dança.
O Cine Farol Santander, no subsolo do prédio, exibe programações com títulos e mostras cinematográficas de cineastas brasileiros e internacionais.
O histórico edifício no Centro da capital gaúcha, construído na década de 1930 e tombado pelo patrimônio histórico e artístico estadual, também possui atrações permanentes.
Na Galeria, a exposição fixa Memória e Identidade apresenta a história da cidade, do prédio e da política monetária brasileira. Já no subsolo, a outra mostra permanente, Os Dois Lados da Moeda, conta com um importante acervo de numismática do Rio Grande do Sul, propondo uma analogia entre as moedas “oficiais” e “não oficiais” que circulavam na região Nas laterais da sala é contada a evolução da moeda oficial do estado brasileiro.
Além dos espaços já citados, o Farol Santander Porto Alegre conta ainda com duas arenas para discussões e debates acerca de temas como cultura e gastronomia. O subsolo, que já conta com o Cine Farol Santander e a mostra Os Dois Lados da Moeda, ainda oferece aos visitantes um café.
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