
Programação encerra o projeto Decolonizando Práticas Cênicas: processos formativos em artes, gêneros e sexualidades no Rio Grande do Sul executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/2020
Um território virtual e simbólico de luta e resistência, em que diversas vozes se apresentam como outras possibilidades de existências para além daquelas já validadas pela normatividade social. Esse é o festival Plurais, que encerra a programação do projetoDecolonizando Práticas Cênicas: processos formativos em artes, gêneros e sexualidades no Rio Grande do Sul, organizado e realizado pelo Doutor em Teatro e ativista LGBTQIA+ Daniel Colin, executado através do Edital Criação e Formação Diversidade das Culturas realizado com recursos da Lei Aldir Blanc nº 14.017/2020 e ocorre on-line nos dias 15, 16, 17 e 18 de julho, sempre às 20h.
Após a realização do workshop “Arte, Gênero & Sexualidade”, ministrado por Colin nos meses de maio e junho de 2021, com o auxílio de cinco professoras convidadas, 40 alunes que participaram do workshop foram provocades a produzir videoperformances pessoais a partir das experiências vivenciadas no decorrer das aulas. Os vídeos integrarão uma mostra de dois dias da programação, que também contará com duas noites de bate-papos acerca de temas como arte, políticas públicas, raça, gênero e sexualidade, com profissionais das áreas específicas (confira a programação completa abaixo).
Nos dias 15 e 16 ocorrem duas lives de bate-papos com mediação de Colin. Na quinta, a conversa propõe as intersecções entre as artes do corpo no Brasil e as discussões de raça, gênero e sexualidade, com participação de Jeff Ghenes e Phill Coutinho. Já na sexta, o tema é políticas públicas em conexão com demandas de gênero e sexualidade em nossa sociedade e as convidadas são Juliana Kersting e Simone Ávila.
Durante o final de semana o público poderá conferir as vídeoperformances criadas durante o workshop, seguidas de bate-papo com mediação também de Daniel e participação de Alexandre Azevedo, Carla Cassapo, Maiara Cemin e Gabriel Bittencourt.
Toda a programação será gratuita e disponibilizada pelo YouTube, no canal de Colin: https://www.youtube.com/channel/UCFPoPIhL7IIhDbFaGvXXfeQ/featured .
Para saber mais sobre a programação e o projeto, acesse Instagram: @danielcolin_ator
Facebook: https://www.facebook.com/atordanielcolin/
Twitter: @Odanielcolin
PROGRAMAÇÃO
Dia 15/07 (quinta), às 20h
Live de bate-papo acerca das intersecções entre as artes do corpo no Brasil e as discussões de raça, gênero e sexualidade.
Mediação: Daniel Colin
Convidades especiais: Jeff Ghenes e Phill Coutinho
Dia 16/07 (sexta), às 20h
Live de bate-papo sobre políticas públicas em conexão com demandas de gênero e sexualidade em nossa sociedade.
Mediação: Daniel Colin
Convidadas especiais: Juliana Kersting e Simone Ávila
Dia 17/07 (sábado), às 20h
Primeira parte da mostra de videoperformances, com apresentação dos títulos: Auto-“P”-seeyah, de Alexandre Azevedo; Como Eu Vim Parar Aqui, de Mariana Rizzo; M.Ã.E., de Fernanda Possamai; Ame, Sobreviva, Repita, de Flávio Guimarães; Receita, de Bruna Pavan; O João Freire chora (mas também ri), de João Freire; Tempo Solo Solo Tempo, de Taís Mattos; Anjo, de Jackson Reis; Paredes, de Lucas Tegner; Ovos Moles, de Carla Cassapo.
Mediação: Daniel Colin
Convidades especiais: Alexandre Azevedo e Carla Cassapo
Dia 18/07 (domingo), às 20h
Segunda parte da mostra de videoperformances, com apresentação dos títulos: Mulher Porca, de Maiara Cemin; Sede, de Julio Zaicoski; O Avesso do Corpo-Caixa, de Clarissa Brittes; Dicotômica, de Sarah Baes; BRAZIU, de Pablo Abritta; Quiboldobom, de Ketelin Abbady; Naquele Lugar, de DIONNY; Não Consigo Ver Seus Ossos, de Eva Carpa; Fluidos, de Darlan Gebing; Eu Não Sei Costurar, Lembra?, de Gabriel Bittencourt.
Mediação: Daniel Colin
Convidades especiais: Maiara Cemin e Gabriel Bittencourt
FICHA TÉCNICA E SINOPSES DAS VIDEOPERFORMANCES
Dia 17/07 (sábado), às 20h
Primeira parte da mostra de videoperformances, com apresentação dos títulos:
Título: Auto – “P” – seeyah (Porto Alegre/RS, 2021). Criação e performance: Alexandre Azevedo.
Sinopse: Exame artístico sobre “o caminho” coberto por dores, anseios e prazeres de um corpo. Este que ainda fala, mas será que vive?
Título: Como eu vim parar aqui (Novo Hamburgo/RS, 2021).Criação e performance: Mariana Rizzo / Filmagem: Mariana Rizzo e Théo Maia / Edição e Captação de áudio: Théo Maia
Sinopse: Como eu vim parar aqui, sobre meu corpo, minha personalidade, meu conhecimento e acima de tudo, minha vontade de viver de arte.
Título: M.Ã.E. (Porto Alegre, 2021). Concepção, cenário, figurino, texto, efeitos sonoros e filmagem: Fernanda Possamai / Edição: Alexandre Conrado
Sinopse: Um corpo contido dentro de um outro corpo é empurrado para o mundo. Um corpo mãe costura e descostura afetos e emoções em busca da redenção.
Título: Ame, Sobreviva, Repita (Itaúna/MG, 2021). Criação e Performance: Flavio de Mesquita Guimarães e Lorene Vilaça.
Sinopse: O trabalho oprime, a fábrica ensurdece, a energia de milhares para criar a fortuna daqueles que nem se conhece. O carinho e o amor entre aqueles que de nada possuem. Momentos próximos, outros distantes, mas sempre repetindo o ciclo para ver a continuação da rotina constante.
Título: Receita (Porto Alegre/RS, 2021). Criação e performance: Bruna Pavan.
A performance busca trazer um questionamento sobre os elementos que criam um corpo, externamente, e os que o fazem ser, a partir do que se sente e do que se faz sentir, compreendendo, ou não, a complexidade de ser o que se é.
Título: O João Freire chora (mas também ri) (Rio de Janeiro/RJ, 2021). Criação e performance: João Freire
Sinopse: Em meio a tantas lágrimas, alguns afetos.
Título: Tempo Solo Solo Tempo (Florianópolis/SC, 2021). Criação e performance: Taís Mattos / Figurino: Taís Mattos / Edição: Taís Mattos e Maria Alice / Trilha sonora: Kaê Guajajara.
Sinopse: A solidão de uma mãe solo que vê o tempo passar por uma janela durante a pandemia, com todo o peso de compromissos de 4 vidas sobre suas costas..
Solidão a 4 …
Título: Anjo (Gravataí/RS, 2021). Criação, performance e edição: Jackson Reis / Apoio de produção: Cleusa Reis e Neusa Lopes.
Sinopse: Um corpo com deficiência alvo de olhares de piedade e nunca de desejo. Torto, dissidente e não menos humano, no despertar da sexualidade, transitando entre o sagrado e o profano, no anseio por se libertar dos estigmas sociais.
Título: Paredes (Canela/RS, 2021). Concepção, direção de arte, roteiro, voz e interpretação: Lucas Tegner / Produção: 07 Produtora / Captação de imagem, fotografia, edição e finalização: Matias Lorenzoni / Captação de áudio e finalização: Audaz Sul Records / Um texto de Lucas Tegner.
Sinopse: Criada sob uma estética contemporânea a performance audiovisual propõe uma narrativa metafórica e extremamente leve a fala infantil sobre temas de violência sexual.
Título: Ovos Moles (Porto Alegre, 2021). Roteiro, direção e atuação: Carla Cassapo / Captação de imagens: Alexandre Accorssi / Montagem: Carla Cassapo e Naomi Siviero / Finalização: Naomi Siviero / Trilha Sonora: Cantiga de Amigo – Lírica galaico-portuguesa / Agradecimentos: Pepita Cassapo
Sinopse: As primeiras feituras de ovos moles datam do século XV e remetem ao Mosteiro de Jesus, em Aveiro. Como todos os doces portugueses à base de ovos, a receita nasceu pelas mãos das freiras que, após o processo de engomar os seus hábitos com as claras, aproveitavam as sobras de gemas para preparar a tradicional iguaria. Se um dia tiver oportunidade, não deixe de experimentar!
Dia 18/07 (domingo), às 20h
Segunda parte da mostra de videoperformances, com apresentação dos títulos:
Título: Mulher Porca (Caxias do Sul/RS, 2021). Criação e performance: Maiara Cemin
Sinopse: Uma porca-mulher, fala sobre sua vida de trabalhadora, no circo do palhaço.
Título: Sede (Porto Alegre/RS, 2021). Criação e performance: Julio Zaicoski.
Sinopse: Um corpo rotulado move-se, busca espaços e alimenta-se.
Título: O Avesso do Corpo-Caixa (Imbé/RS, 2021). Composição e execução musical: Clarissa Brittes e Bino Mallmanc
Sinopse: Quantos corpos-caixa cabem no avesso do corpo? Energias que co-habitam em todxs e que representam aspectos da natureza e do cosmos, se atravessam em experiências de vida e geram seres genuínxs. O que me cabe e onde me caibo se me viro do avesso?
Título: Dicotômica (Porto Alegre/RS, 2021). Criação e performance: Sarah Baes
Sinopse: O que faz alguém digno de afeto?
Título: BRAZIU (Juiz de Fora/MG, 2021). Criação e performance: Pablo Abritta
Sinopse: Corpos se afogam na esperança que as mudanças venham. E a rosa branca no jardim sustenta. Corpos brigam pela extinção de uma política nefasta, cruel e atemporal. E a rosa branca no jardim continua intacta.
Título: QUIBOLDOBOM (Porto Alegre/RS 2021). Criação, direção e performance: Ketelin Abbady / Apoio técnico: Sofia Pulgatti / Trilha sonora: Kadafi.
Sinopse: Certa vez um pé de boldo me contou uma história…
Título: Naquele Lugar (Caxias do Sul/RS, 2021). Criação e performance: DIONNY / Cinegrafista: Alexandre Concari / Vozes de: DIONNY e Maiara Cemin.
Sinopse: A performance propõe uma reflexão e traz questionamentos sobre o ideal de corpos masculinos dentro da igreja evangélica. Trazendo experiências vividas pelo próprio ator, o mesmo conduz uma visita por esse corpo e mente que, por um tempo, se viram presos dentro destes ideais.
Título: Não consigo ver seus ossos (Porto Alegre/RS, 2021). Performance: Eva Carpa / Produção: Eva Carpa e João Pedro Greco
Sinopse: Fani Pacheco engordou. Eva queria uma maçã vermelha. É preciso sustentar uma costela de Adão. De laço em laço não reconheço mais meu corpo no espelho.
Título: Fluidos (Caxias do Sul/RS, 2021). Criação e performance: Darlan Gebing
Sinopse: Me encontro no limbo das invenções, aqui é permitido criar um novo corpo, renovar a maquiagem, apagar a foto 3×4 da identidade forjada. Crio e caio na minha falsa ilusão de ter encontrado um espaço pra mim. Em tantos desencontros eu acabo criando uma existência que é só minha.
Título: Eu não sei costurar, lembra? (Juiz de Fora/MG, 2021). Texto, direção e atuação: Gabriel Bittencourt / Produção: Gustavo Bacchini / Imagens e edição: Pedro Soares.
Sinopse: Quantas histórias da sua família já foram perdidas? Lembra de suas raízes? Nós carregamos vibrações de nossos ancestrais em nossa pele. É sempre necessário levar essas lembranças aos nossos. Me construo, reconstruo e me costuro todos os dias.
CURRÍCULOS DE CONVIDADES
Daniel Colin é Doutor em Teatro (UDESC), Ator, Diretor, Dramaturgo, Performer, Pesquisador e Professor, com trajetória artística de mais de 20 anos trabalhando em Porto Alegre.
Jeff Ghenes é Artista Negro Trans Não-Binário, Graduando em MODA na Universidade FEEVALE. Também é integrante na Cia Teatral Tem Gente no Palco desde 2012.
Phill Coutinho é Artista multimídia, Ator, Performer, Poeta, Iluminador e Cantor, além de Bacharel em Interpretação Teatral (UFRGS).
Simone Avila é Doutora em Ciências Humanas na área de Estudos de Gênero (UFSC) e coordenou a Política Municipal de Saúde Integral LGBTQI+ da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre de 2017 a 2020.
Juliana Kersting é Bacharel, Mestre e Doutoranda em Artes Cênicas (UFRGS), além de Atriz, Produtora e Bailarina.
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