Longa-metragem de estreia de Gilson Vargas foi escolhido entre mais de 500 inscritos
O longa-metragem de estreia do diretor Gilson Vargas, “Dromedário no Asfalto”, é um dos selecionados para o 14º Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE), que ocorre entre os dias 08 a 13 de setembro. A produção foi escolhida entre mais de 500 inscritos do Brasil, Portugal e Espanha.
Filmado no Brasil e no Uruguai, contando com elenco dos dois países, o filme é uma co-produção entre as produtoras Pata Negra, Ponto Cego e Boomboom. Tendo como protagonista o ator Marcos Contreras, “Dromedário no Asfalto” mostra a jornada de Pedro pelas paisagens platinas, rumo ao encontro com seu pai, após anos de afastamento entre ambos. Rodado durante dois anos, com seis viagens entre os dois países, totalizando mais de 10 mil quilômetros de idas e vindas.
O longa foi feito de forma cooperativa, sem recursos oficiais para as filmagens. Na fase de montagem recebeu o prêmio Fumproarte e o prêmio para Finalização de Longas do Governo do Estado do RS, podendo, desta forma, fazer uma finalização digna da grande tela, com a mixagem de som 5.1 no maior estúdio de Buenos Aires e o tratamento imagem na Quanta Post, em São Paulo. A equipe conta com Bruno Polidoro na fotografia, Vicente Moreno na montagem e Gabrela Bervian no som, todos sócios do filme, além de Luciana Baseggio como assistente de câmera e produção. Gilka Vargas, Besouro Filmes e o ator Marcos Contreras são produtores associados.
Dromedário no Asfalto deve chegar às salas comerciais ainda este ano. O montador e produtor do filme, Vicente Moreno, estará presente no evento. Moreno também participa do festival com a primeira exibição de seu curta, “Cedo”, que integra a mostra competitiva.
Vargas comemora, ao lado da esposa, Gabriela Bervian, o sucesso do curta metragem dirigido por Gabriela com roteiro escrito pelo casal, “Domingo de Marta”, que recebeu seis troféus Assembleia Legislativa na Mostra de Curtas Gaúchos do 42º Festival de Cinema de Gramado, no início de agosto.
A parceria de produção da dupla vem se consolidando em vários projetos da Pata Negra. A produtora recém completou três anos de existência, mas já contabiliza diversos prêmios, como os quatro Kikitos e três troféus Assembleia Legislativa pelo curta Casa Afogada no 40o Festival de Gramado, além de outros 26 prêmios em diversos festivais e concursos.
Sobre o Curta-SE
Criado em 2001, o Festival Luso-Brasileiro de Curtas-Metragens de Sergipe (Curta-SE) foi concebido inicialmente como um pequeno festival de curtas-metragens voltado para o público universitário. Em sua primeira edição realizada na Universidade Federal de Sergipe e quase que inteiramente organizada e produzida por sua criadora, Rosângela Rocha –, o então chamado Festival Brasileiro de Curtas-Metragens contou com cerca de 50 filmes inscritos, dos quais 14 sergipanos.
Já na segunda edição, o Curta-SE vira o Festival Luso-Brasileiro de Curtas-Metragens de Sergipe e passa a estender sua programação para o além-mar, até a cinematografia portuguesa. É também a partir de 2002 que o festival acrescenta às mostras de curtas a participação de longas-metragens convidados e uma extensa programação de seminários, workshops e eventos culturais.
Em 2008, o evento torna-se Festival Iberoamericano de Curtas-Metragens. Isso possibilitou a participação de países abrangidos pelo programa Ibermedia, do qual fazem parte a Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Cuba, México, Venezuela, Colômbia, além de Portugal e Espanha. Além disso, no mesmo ano, o Curta-SE passou a integrar em mostras competitivas longas-metragens a partir de 70 minutos.
O Curta-SE 13 recebeu 573 inscrições nas categorias cinema digital, videoclipe, vídeo sergipano, vídeo de bolso e longa-metragem. Neste ano, o festival bateu recorde no recebimento de inscrições de outros países: foram 79 produções vindas da Espanha (48), Argentina (18), Portugal (12) e Venezuela (1). Sergipe teve 42 inscritos, um número 27% maior do que no ano passado.
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